
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
No primeiro semestre de 2025, 329 mil toneladas de resíduos descartados irregularmente foram coletados em Fortaleza. São cerca de 54,8 mil toneladas mensais, custando pelo menos R$ 15 milhões por mês, conforme o secretário da Conservação e Serviços Públicos, José de Abreu Machado, à Rádio O POVO CBN na última semana. A quantidade recolhida é quase 20% superior ao total coletado regularmente no mesmo período (276 mil toneladas de resíduos domiciliares), o que dá alguma dimensão da sujeira.
Trazendo uma medida mais visual, conforme a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), cada brasileiro descarta, em média, 382 kg de lixo ao ano. É como se, em seis meses, 1.722.513 pessoas (cerca de 70% dos fortalezenses) tivessem jogado todo seu lixo em locais inapropriados. E isso somente do total recuperado após o descarte errado.
"Muitas vezes, a impressão que fica é que a gente está 'enxugando gelo'. A gente limpa pela manhã, mas à tarde o mesmo local já está sujo", disse o prefeito Evandro Leitão (PT). A fala se deu também na semana passada quando, ao programa O POVO no Rádio, o chefe do Executivo municipal enfatizou as dificuldades para manter a faxina da Cidade.
Os gestores estão verbalizando o problema — e sem apontar gestões anteriores ou falta de recursos financeiros. Fortalezenses e turistas estão vendo e sentindo. Será que cada, casa, condomínio, instituição, empresa e até órgão público entende ter responsabilidade apenas com o próprio asseio? Se sim, como fica a higiene da casa comum? Esta precisa da ação coletiva para acontecer.
Iniciativa pública recente é o caminhão Limpezinha. Desde maio é possível marcar a coleta de móveis e eletrodomésticos velhos, restos de madeira e ferragens, e pneus. A rota é definida semanalmente, conforme solicitações feitas por meio da Central 156, nas Regionais ou pelo SAC da Ecofor (0800 275 4400).
Outra ação é o programa Joga Limpo, que une conscientização ambiental ao cotidiano dos colégios municipais. Alunos são incentivados a fiscalizar os pontos de lixo próximos às suas escolas e residências e a levar materiais recicláveis às escolas. Ao mesmo tempo, a Prefeitura faz orientações porta a porta, além de limpar e sinalizar os locais de descarte irregular.
Algo está sendo feito; é necessário acompanhar e cobrar que siga acontecendo. Ao mesmo tempo, o que cada um pode fazer? Você conhece o caminhão Limpezinha? E sabe quando se dá a coleta domiciliar no seu bairro? A Ecofor disponibiliza esse cronograma e aconselha: coloque o lixo na porta de casa somente no dia e horário em que o caminhão passará por ali.
Existem ainda os Ecopontos, onde é possível descartar material reciclável e receber desconto na conta de energia elétrica. Por fim, mas não menos importante, que tal reduzir o lixo que produzimos diariamente?
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