
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O Congresso Nacional volta hoje a funcionar normalmente, após recesso de duas semanas, e será importante a sociedade brasileira acompanhar o comportamento dos parlamentares, deputados e senadores, diante do momento histórico marcante que vivenciamos. A soberania nacional está em debate diante da atitude hostil de um governo estrangeiro que lança mão do instrumento da política tarifária e outras medidas sancionadas como forma de pressionar o Judiciário a rever sua atitude em relação a um agente político importante de quem é aliado, ex-presidente da República, acusado de participar de uma tentativa de golpe de Estado.
Trata-se de uma intromissão inaceitável e que, no normal, deveria unir o País em torno da defesa de sua soberania. Não é o que tem acontecido e forças expressivas do Congresso, aliadas de Bolsonaro, até estimulam o governo de Donald Trump na sua disposição de punir o Brasil sob o falso pretexto de que a nossa democracia está em xeque. É exatamente o contrário do que acontece na realidade.
O fato de termos instituições no funcionamento pleno tem permitido uma resposta exemplar a um movimento que, provas robustas o mostram, tinha como objetivo ignorar a vontade popular manifesta através das urnas nas eleições de 2022, pelo voto, e instalar um governo pela força. Ademais, caso houvesse de fato os problemas alegados pelo governo de outro país a decisão de enfrentá-los deveria ser nossa, da sociedade brasileira, nunca de autoridades forasteiras.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estão obrigados a conduzir o processo a partir da responsabilidade que lhes cabe com o máximo de cuidado e observando primeiro, sempre, os interesses do País, líderes que são de um poder fundamental ao nosso equilíbrio político. Inclusive, tomando as providências internas necessárias para cobrar compromisso com o mandato popular de parlamentares que assumem estar trabalhando para que o governo de Donald Trump puna o Brasil como forma de pressionar o Estado brasileiro.
É importante que o Congresso apresente capacidade própria de conter os excessos cometidos por seus integrantes, valendo-se de uma liberdade que somente um ambiente democrático pode proporcionar. Não fosse isso, afinal, estariam calados, ou presos, aqueles que alardeiam quase diariamente um fantasioso quadro de ditadura de toga, referindo-se à firme atuação do STF e em especial do ministro Alexandre de Moraes. Não se deve impedir que haja críticas à situação, mas elas precisam estar no limite de uma relação entre os poderes que seja tão independente quanto harmônica. Respeitosa, portanto.
Alcolumbre e Motta têm diante deles a responsabilidade de conduzir o parlamento nacional em meio a uma quadra histórica desafiadora, fortalecendo a posição do País na defesa de sua soberania. É esperado que se demonstrem à altura da tarefa. n
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