
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, por tentativa de golpe de Estado, o governo americano subiu o tom das ameaças contra o Brasil.
Na quarta-feira, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos estão dispostos a usar seu "poder econômico" e até mesmo seu "poder militar" para defender a liberdade de expressão em todo o mundo.
A declaração foi vista como um aviso claro de que o presidente Donald Trump pretende continuar sua cruzada na tentativa de livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro da prisão. Leavitt somente poderia dar uma declaração desse tipo, em linha com o presidente americano.
Outra evidência de que a campanha vai se intensificar foi verificada no início deste mês, quando uma delegação de empresários brasileiros reuniu-se com o vice-secretário de Estado dos EUA, na tentativa de reduzir as tarifas impostas ao Brasil.
Segundo apurou o jornal Folha de S.Paulo, na ocasião, o secretário teria afirmado que o governo americano estaria disposto ao diálogo, mas que a discussão era política. Assim, aconselhou os empresários a fazerem lobby em Brasília, em vez de Washington.
A referência clara é ao Congresso Nacional, onde os aliados de Bolsonaro tentam emplacar uma anistia, que poderia até devolver a elegibilidade do ex-presidente brasileiro.
Quanto a usar o poder militar contra o Brasil, a declaração fica no terreno das bravatas, apesar da imprevisibilidade do mandatário americano.
Pode-se listar uma série de arroubos que caíram no vazio, ainda que outras medidas, das quais muitos duvidavam, ele vem aplicando com rigor. Principalmente quanto à perseguição aos imigrantes, corte de verbas para universidades e saúde e também ao desprezo com que trata os mecanismos para combater o aquecimento global.
De qualquer forma, a instabilidade de Trump é um fator de insegurança para o mundo inteiro.
Apesar desses ataques desmedidos contra o Brasil, ainda existe um setor expressivo da sociedade, sob a liderança dos Bolsonaros, que contribuem para que um governo estrangeiro queira ditar o que os brasileiros podem ou não fazer. Isso ficou explícito na manifestação de Sete de Setembro, organizada por aliados de Bolsonaro. O destaque foi uma gigantesca bandeira americanas, símbolo do apoio a Donald Trump e sua política intervencionista.
O governo brasileiro responde de forma diplomática, porém firme, a esses ataques gratuitos, oriundos dos Estados Unidos. Porém, essas ofensas deveriam unir o País, acima de divergências partidárias e ideológicas, pois se trata de defender a soberania do País, à qual todos os brasileiros têm — ou deveriam ter — a obrigação de defender.
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