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Editorial: SANTA CASA RETOMA CIRURGIAS
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Editorial: SANTA CASA RETOMA CIRURGIAS

É louvável constatar os números que foram divulgados: até o dia 31 de agosto, 108 leitos hospitalares foram reabertos na Santa Casa. Desses, 98 são de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

Mais de 100 leitos de internação foram reabertos na Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza desde julho deste ano, quando começou a intervenção da Prefeitura de Fortaleza. O anúncio dá mais fôlego à estrutura da unidade tão relevante para o atendimento em saúde na capital cearense, que celebrou 164 anos neste 2025. De acordo com a gestão municipal, cirurgias e acompanhamentos ambulatoriais também foram retomados.

Sob a administração da Prefeitura, a Santa Casa tem várias áreas de atendimento sendo reformadas e reestruturadas a fim de aprimorar a assistência aos pacientes, assim como as estruturas administrativas do hospital. Ressalte-se que todos os serviços prestados pelo hospital passaram a ser totalmente gratuitos, incluindo consultas, exames de imagem, procedimentos cirúrgicos e tratamentos oncológicos.

Em balanço apresentado pelo prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), na semana que passou, informou-se que a Santa Casa Fortaleza voltou a realizar cirurgias neste mês de setembro. Três meses após interromper a regulação de novos pacientes por problemas financeiros, houve 16 operações de urologia realizadas desde o dia 1°, depois da reabertura de nove salas do centro cirúrgico da unidade. Em seguida, devem ser retomadas as cirurgias gerais.

É louvável constatar os números que foram divulgados: até o dia 31 de agosto, 108 leitos hospitalares foram reabertos na Santa Casa. Desses, 98 são de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Cerca de 200 pacientes foram atendidos desde o início da intervenção - cerca de 45 deles nas UTIs e 155 nas enfermarias.

É válido destacar que, nos últimos anos, a Santa Casa tem sofrido bastante com dívidas. A instituição de saúde suspendeu, em junho deste ano, o recebimento de novos pacientes na unidade por problemas financeiros constantes. Por causa da crise, o hospital tinha dificuldade em manter os atendimentos com a segurança necessária para os pacientes. As frequentes crises se dão devido à diferença entre suas receitas e as despesas realizadas para garantir a assistência a quem não pode pagar por um atendimento médico-hospitalar.

Por mês, milhares de pessoas são atendidas na Santa Casa, com consultas, exames e cirurgias. Diferentemente de uma empresa privada, a aparente contradição é que a cada procedimento realizado, as dívidas aumentam.

Desse modo, é coerente, embora delicada à primeira vista, a iniciativa da intervenção municipal na Santa Casa, entendendo que governos e políticos devem se engajar na busca de soluções, mesmo que emergenciais, a fim de manter os hospitais em funcionamento. A excelência dos serviços prestados pela Santa Casa e o tradicional atendimento a tantos pacientes não podem ser negligenciados.

Assim, espera-se que, em breve, o hospital volte a funcionar regularmente, de modo clínico e administrativo, com todas as condições plenas possíveis de atendimento à população. n

 

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