
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Uma nova fase começa na construção de uma das maiores demandas de uma metrópole como Fortaleza: o Plano Diretor da Cidade, norma básica que orientará o planejamento urbano pelos próximos 10 anos. Dirá como deve ser a distribuição do espaço que é consumido e vivido a cada metro quadrado construído, esgoto a céu aberto, floresta destruída e trânsito intenso.
No sábado, 13, teve início um novo ciclo de debates entre comunidade e especialistas sobre o detalhamento do Plano, que já teve suas grandes áreas de atuação definidas: centralidade urbana, ambiente construído e ambiente natural. Tudo interligado e transversal. Agora, as audiências entram em discussões como parâmetros construtivos, IPTU e transferência do direito de construir.
Na última semana, também, a Prefeitura de Fortaleza, responsável por elaborar o documento - que deverá ser aprovado pela Câmara Municipal -, anunciou iniciativas que tentam priorizar as ações de preservação do meio ambiente. A criação de cinco parques urbanos deverá aumentar para 30 o total de equipamentos e o lançamento da Política Municipal de Mudança do Clima traz esperança para o olhar no futuro.
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), a Capital só tem 16% de áreas verdes. O Plano Diretor é esperança para que essa porcentagem aumente. Obrigação do Poder Executivo - atrasado há sete anos - mas de responsabilidade também do Legislativo e da sociedade. Um planejamento urbano que tenha participação social e discussões concretas sobre sustentabilidade e meio ambiente é prioritário.
O anúncio de que a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) continuaria no Porto do Mucuripe, em Fortaleza, demonstra como as tantas temáticas que regem o funcionamento da Cidade se misturam. Polêmico, o debate sobre a permanência colocou em destaque economia, meio ambiente e social. E a especulação imobiliária.
Decisão foi tomada após a população se posicionar contra a retirada da refinaria do local, dada à integração comunitária e os tantos empregos diretos e indiretos gerados. Parte importante desta decisão é a apresentação, por parte da Petrobras, empresa que mantém a Lubnor, de um projeto para que a população usufrua mais da área.
Com um destaque: o protagonismo da Universidade do Ceará (Uece) e da Universidade Federal do Ceará (UFC). Cabem ao envolvidos fazer do projeto uma realidade não tão longe, envolvendo comunidade, academia, poder público e iniciativa privada. Aliar os tantos interesses que se fazem à margem do eixo ambiental é imprescindível em uma cidade que cresce sem parar. É pilar para mais igualdade e crescimento.
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