
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
É animadora a conclusão a que se chega após análise dos primeiros oito meses de vigência de lei federal que, aprovada pelo Congresso Nacional, busca reduzir os efeitos negativos do uso abusivo do aparelho celular em salas de aula pelos estudantes brasileiros. Dirigentes de escolas e professores atestam que a realidade nova que se criou está permitindo, inclusive, uma ação afirmativa importante para os momentos de intervalo, buscando manter o foco das crianças em meio às aparentes facilidades que o mundo virtual e as redes sociais oferecem.
O POVO, através do repórter Kleber Carvalho, colheu uma série de histórias interessantes nascidas da fase inicial de aplicação da mudança. Os depoimentos falam de um novo esforço de buscar a oferta de alternativas para que os momentos de convivência social sejam utilizados na perspectiva de gerar aproximações, troca de experiências e de incentivar o convívio social pleno.
Como resultado de uma situação favorável que a nova legislação fez surgir, unidades escolares passarem a desenvolver programações diferenciadas nos intervalos, registrou-se movimentação maior nos pátios, bibliotecas estão mais frequentadas do que antes no horário etc. Indicações claras de que as crianças muitas vezes fecham-se nos seus mundos, a partir dos aparelhos celulares, mais como resultado da falta de atenção ou de opções do que exatamente como preferência pessoal.
O efeito da mudança vai além do ambiente escolar, segundo é igualmente verificado na reportagem. Estudantes ouvidos atestaram que têm usado mais o aparelho celular na suas vidas em geral, por exemplo, quando estão nas suas casas e já não têm as limitações de uso impostas pelas novas regras escolares.
Especialistas localizam impactos positivos em planos diversos. O nível de concentração cresceu, há relatos dos próprios estudantes e de suas famílias de melhoria na qualidade do sono, tem evoluído a capacidade de desenvolvimento de habilidades básicas, enfim, ganhos os mais diversos são observados como efeito direto de uma mudança que nasce de um movimento correto adotado pelo governo, a partir de uma ideia lançada lá atrás pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS), e que, na ponta do processo, as escolas parecem estar abraçando.
Desde a publicação da Lei 15.100, que aconteceu já neste ano de 2025, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), acertadamente, colocou a proibição dos celulares como uma das diretrizes com o objetivo de padronizar as normas em todas as escolas da rede estadual. Uma ação necessária, importante, que os dirigentes e professores têm entendido na dimensão que representam e, por outro lado, que os próprios estudantes demonstram aceitar como parte de um esforço de formação que ajudará a lhes moldar melhor para o futuro. n
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