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Flotilha deixa governo israelense ainda mais isolado
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Flotilha deixa governo israelense ainda mais isolado

Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, mais de 66 mil palestinos foram mortos no conflito, mais da metade mulheres e crianças. Até quando vai continuar a barbárie?

O governo brasileiro lançou uma dura nota condenando a interceptação da Flotilha Global Sumud pela Marinha de Israel. O bloqueio dos cerca de 40 barcos, que levavam pacificamente ajuda humanitária aos habitantes de Gaza, aconteceu em águas internacionais, o que é ilegal.

Aproximadamente 500 pessoas, ativistas de várias nacionalidades, participam da iniciativa, entre elas a deputada federal, ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, e outros nove brasileiros.

Em uma rede social, Luizianne considerou ter sido "sequestrada pelas forças de ocupação", em referência à ação do Exército israelense em Gaza — e pediu ao governo para brasileiro para "acabar com qualquer relação econômica com Israel", apelando a esforços para trazê-la de volta "para casa".

Por meio de uma nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) condenou "nos mais fortes termos" a interceptação da flotilha, exigindo a libertação imediata dos brasileiros detidos. "O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio a Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário", registrou o Itamaraty.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, a pedido do coordenador da bancada cearense no Congresso, deputado Domingos Neto, disse que vai trabalhar com a diplomacia brasileira, exigindo que Israel respeite as prerrogativas parlamentares de Luizianne. É positivo que o Congresso se junte aos esforços do MRE para fazer tudo o que for necessário para resgatar os brasileiros.

Israel está cada vez mais isolado na comunidade internacional. Além disso, vê aumentar manifestações populares em todo o mundo, pedindo o fim do massacre cometido contra os palestinos, classificado como genocídio pelo governo brasileiro. A flotilha ajuda a expor ainda mais o repúdio generalizado ao governo de Israel.

Dos 193 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), 157 já reconhecem a Palestina como um Estado. Após o início do conflito, mais uma leva de nações ampliaram essa lista, como o Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal.

É de se lembrar que a guerra começou depois que o Hamas, em outubro de 2023, invadiu o território israelense matando mais de mil pessoas. No entanto, o ato terrorista não pode ser usado como justificativa para punição indiscriminada contra todo o povo palestino, que sofre os horrores da guerra, incluindo o bloqueio de ajuda humanitária.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 42 mil pessoas em Gaza têm lesões graves, com acesso limitado à reabilitação, mais de cinco mil pessoas sofreram amputações. Outras lesões incluem danos no cérebro, na medula espinhal e queimaduras. Crianças somam 25% dos feridos Apenas 14 dos 36 hospitais continuam funcionando parcialmente.

Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, mais de 66 mil palestinos foram mortos no conflito, mais da metade mulheres e crianças.


Até quando vai continuar a barbárie?

 

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