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O novo presidente do Banco do Nordeste
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Editorial opinião

O novo presidente do Banco do Nordeste

Que o indicado tenha as necessárias qualificações técnicas para ocupar o cargo, principalmente o conhecimento profundo da região, de suas carências e potencialidades

Wanger Alencar Rocha assumiu interinamente a presidência do banco depois de Paulo Câmara ter deixado a instituição, concluindo seu mandato, iniciado em março de 2023. A decisão foi oficializada em comunicado de "fato relevante" emitido pelo Conselho de Administração do Banco do Nordeste.

Com um presidente interino, começa a mobilização política para indicação do sucessor de Paulo Câmara, ex-governador de Pernambuco pelo PSB. Esse é um debate que interessa a toda a região. Faz parte da política que indicações para cargos públicos sejam feitas entre aliados. Mesmo porque é necessário algum grau de alinhamento entre quem ocupa cargos importantes e a política mais geral tocada pelo governo.

No entanto, a proximidade ideológica não pode ser o único critério para a indicação de um cargo público de tal magnitude, pois se trata de uma instituição essencial para induzir o crescimento do Nordeste, contribuindo para a redução das desigualdades entre as regiões do País.

Portanto, o indicado tem de ter as necessárias qualificações técnicas para ocupar o cargo, principalmente o conhecimento profundo da região, de suas carências e potencialidades.

É bem possível que, pelas injunções políticas, o mesmo grupo do qual Paulo Câmara faz parte — liderado pelo prefeito de Recife, João Campos (PSB) —, indique o novo presidente do BNB. O importante é que ele tenha as características citadas acima.

O POVO divulgou algumas iniciativas mais recentes do Banco do Nordeste, que dizem respeito ao Ceará, mas que igualmente atenderam aos outros estados da região.

Em dezembro do ano passado, este jornal registrou que mais de R$ 1 bilhão foi aplicado na economia cearense, em 2024, por meio de contratações com as micro e pequenas empresas.

No mês de setembro, o banco confirmou a destinação de R$ 7 bilhões em crédito para o Ceará, referentes a 2026, considerado um recorde pela instituição.

Até junho deste ano, o BNB já havia aplicado mais de R$ 1 bilhão em crédito para famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico, em toda a região.

Some-se a isso que o Banco do Nordeste registrou lucro líquido de R$ 1,38 bilhão no primeiro semestre de 2025, aumento de 35,6% em comparação com o mesmo período de 2024.

O que se espera é que o escolhido tenha os predicados citados acima, reconhecidos em Paulo Câmara durante o profícuo período em que administrou o banco. Pernambucano, ele procurou dar a mesma atenção aos nove estados nordestinos, sem discriminações, atendendo a diversos setores da economia.

Que o BNB, criado em 1952 para atuar no "polígono das secas", continue dando a sua contribuição para o desenvolvimento do Nordeste e do Brasil.

 

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