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Desafios na mobilidade urbana de Fortaleza
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Editorial opinião

Desafios na mobilidade urbana de Fortaleza

A existência de projetos que podem garantir 138 quilômetros de mobilidade melhor para Fortaleza, com extensão de linhas de metrô e outras ações programadas (e contratadas) é um alento para a cidade, na perspectiva de futuro. De acordo com matéria divulgada pelo O POVO, a Grande Fortaleza tem todos esses projetos de mobilidade catalogados até 2054. São previstas três frentes para expansão de metrô (49 km), uma de VLT (9 km) e sete de BRT (80 km). Além disso, o investimento estimado é de R$ 21,6 bilhões.

Os números divulgados fazem parte do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), publicado na semana que passou. O levantamento feito para definir os planos de ampliação das redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC) foi realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades.

Os dados mostram que a implementação dos projetos resultará, em Fortaleza, na redução estimada de cerca de 300 mortes em acidentes de trânsito até 2054. Também evitará a emissão de 163,8 mil de toneladas de CO2 por ano bem como reduzirá o custo operacional por viagem em 4%. É prevista ainda a retração no tempo médio de deslocamentos na Cidade, com um impacto previsto em R$ 12,3 bilhões.

Sabe-se que existem muitos desafios numa cidade como Fortaleza, de alta movimentação nas vias, por muitos modais, em grande parte do tempo. A densa quantidade de bairros na malha urbana e o constante deslocamento para atender às necessidades da população, comuns nas grandes cidades, contribuem para essa agitação. A fim de enfrentar essas problemáticas, torna-se fundamental investir em melhorias de infraestrutura para pedestres, motoristas e ciclistas. Dessa forma, pode-se tentar amenizar os impactos negativos. Aliar tudo isso a uma mobilidade sustentável é ainda mais desafiador, mas não impossível.

O serviço de transporte público, de uma forma geral, é essencial nesse sistema. Mesmo com melhorias consideráveis ao longo dos anos, ainda apresenta dificuldades para a população, com entraves que atrapalham o dia a dia de quem se desloca. A superlotação dos coletivos, os engarrafamentos constantes e a limitação do fluxo de algumas vias são obstáculos que fazem parte da mobilidade urbana da capital cearense. Nesse sentido, ouvir os usuários do transporte, incentivando a participação popular para a construção das políticas públicas é essencial.

Para se ter uma ideia, os projetos previstos no Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) incluem requalificação e extensão de linhas do metrô; implantação, extensão e requalificação de BRTs. Faz-se necessário, por ora, acompanhar o planejamento e a execução desses projetos, cobrando para que as ideias sejam concretizadas. A melhoria da qualidade de vida da população precisa ser o objetivo primeiro, e isso passa necessariamente pela mobilidade urbana cotidiana. n

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