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O teste da Transnordestina
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O teste da Transnordestina

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Após um comboio carregado de milho ter percorrido 585 quilômetros entre Bela Vista (PI) e Iguatu (CE), iniciando a fase de testes operacionais, a Transnordestina teve R$ 700 milhões liberados para dar continuidade às obras da ferrovia. Outros R$ 5,6 bilhões em recursos também são oriundos do fundo para desenvolvimento da região (FDNE), gerido pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

A Transnordestina Logística (TLSA), concessionária responsável pela construção e operação da ferrovia, informou ao jornal que o início efetivo da operação será programado em conjunto com os governos federal e dos estados do Ceará e do Piauí.

Como registrou a reportagem, na edição desta terça-feira, a Transnordestina está com 100% de sua execução contratada, incluindo ordens de serviço assinadas para os lotes 9 de Baturité a Aracoiaba (46 km) e de Aracoiaba a Caucaia (51 km). Esses trechos no Ceará são considerados de maior complexidade e fundamentais para a conclusão da fase 1 do projeto.

A fase 1 refere-se à ligação da cidade de Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), com extensão aproximada de 1.200 km. Concluir esse traçado é fundamental por ser considerado o de maior retorno, tanto em termos de logística, quanto ao aspecto econômico.

De fato, já é tempo de concluir a Transnordestina, uma obra que começou a ser pensada no século passado, como um projeto de integração do Nordeste. No entanto, foi iniciada somente em 2006, no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para ser entregue em 2010.

A previsão original de entrega da obra era no ano de 2010. No entanto, o prazo foi revisto várias vezes, devido a interrupções, com a obra ficando parada por longos períodos devido à falta de recursos e até por disputas políticas para reivindicar protagonismo na obra.

A previsão é que a ferrovia transporte volumes de mercadorias estimados em dezenas de milhões de toneladas por ano, a um custo mais baixo do que o realizado por rodovias. Portanto, o preço dos produtos tenderá a cair, aumentando a competitividade internacional dos produtos brasileiros.

A nova promessa é que a inauguração acontecerá no fim do próximo ano. O que se espera é que não haja novos adiamentos; que a Transnordestina esteja em pleno funcionamento em 2026, incorporando-se à região como um importante instrumento para o desenvolvimento da região, contribuindo também para alavancar a economia do País.

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