Engenheiro Mecânico pela Unesp, pós-graduado em Administração de Empresas pela Faap, mestrando em Turismo pela Uece, aprendeu a cozinhar ainda na infância com familiares japoneses. Durante os anos em que viveu em São Paulo dedicou-se a cursos na área de gastronomia, quando decidiu empreender na área de gastronomia, nos anos 2000, em Fortaleza, tendo comandando sucessos da culinária oriental na cidade. Além das atividades como chef e empresário do ramo de alimentação, é professor de Gastronomia da Unifanor Wyden, Coordenador Técnico da Pós Graduação em Gastronomia da Unifanor Wyden, consultor gastronômico e tem empresa de prestação de serviços de catering, palestras e cursos na área de Gastronomia.
Sabe aquele sabor que te abraça? Que te faz lembrar do cheiro da horta da vó, da fruta colhida no pé, do feijão novinho chegando da roça? Pois é... tem um motivo pra isso. Quando o alimento é de verdade, plantado com respeito ao tempo da terra e sem veneno, ele carrega mais que sabor - ele carrega história, saúde e identidade. Fui criado no meio de tudo isso.
Nos últimos anos, tenho mergulhado ainda mais no universo dos alimentos orgânicos. E não por modismo, viu? Mas por convicção. Orgânico não é só o que "não tem agrotóxico" — é o que tem compromisso com a vida, com o produtor, com o solo, com o futuro. É um sistema que respeita o ciclo natural das coisas e, de quebra, entrega mais nutrientes, mais sabor e menos culpa no prato.
E o melhor: tem muita gente fazendo isso com excelência aqui mesmo no Ceará. A gente não precisa ir longe pra encontrar bons exemplos.
Destaque especial pra turma da Nagaura, que vem construindo um trabalho admirável com seus hortifrútis orgânicos. O que eles produzem não é só alface, tomate, rúcula, cenoura ou banana - é confiança. É alimento limpo, fresco e rastreável que chega na casa da gente ou no restaurante com sabor de verdade. É conexão direta com o campo, com o agricultor, com o que importa. "Nossa colheita é feita de forma manual, com as mãos de quem conhece a terra", diz o CEO da Nagaura, Luiz Donizety. E a Nagaura não está sozinha. Tem cooperativas na serra da Ibiapaba, pequenos produtores do Cariri, famílias agricultoras no Maciço de Baturité... Gente que levanta cedo, respeita a natureza e acredita na força do alimento como ferramenta de transformação.
Como chef, sempre busco colocar esses ingredientes no centro do meu trabalho. Não só pelo sabor (que é incrível), mas pelo que eles representam. Quando ensino uma receita com esses produtos, estou ensinando também a valorizar o que é nosso, o que é justo e o que é saudável.
Portanto, meu convite é simples: conheça quem planta o que você come. Visite uma feira orgânica, leia os rótulos com mais atenção, pergunte de onde vem. E, se puder, dê preferência ao orgânico local - aquele que nasceu aqui, sob o nosso sol, regado com o suor de quem acredita na terra.
Porque comida boa começa bem antes do fogão. Começa no respeito por quem planta.
Gastronomia e viagem em uma só análise. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.