Engenheiro Mecânico pela Unesp, pós-graduado em Administração de Empresas pela Faap, mestrando em Turismo pela Uece, aprendeu a cozinhar ainda na infância com familiares japoneses. Durante os anos em que viveu em São Paulo dedicou-se a cursos na área de gastronomia, quando decidiu empreender na área de gastronomia, nos anos 2000, em Fortaleza, tendo comandando sucessos da culinária oriental na cidade. Além das atividades como chef e empresário do ramo de alimentação, é professor de Gastronomia da Unifanor Wyden, Coordenador Técnico da Pós Graduação em Gastronomia da Unifanor Wyden, consultor gastronômico e tem empresa de prestação de serviços de catering, palestras e cursos na área de Gastronomia.
Foto: Reprodução/Freepik
Shoyu: molho japonês foi amplamente incorporado à culinária brasileira
Uma das vantagens que podemos usufruir no mundo globalizado é o intercâmbio de temperos. Nesse sentido os temperos orientais podem contribuir muito para o enriquecimento da gastronomia ocidental. Esse processo já vem ocorrendo há séculos, a exemplo das especiarias indianas que conquistaram o paladar dos europeus, e motivaram as grandes navegações dos séculos XV e XVI, para buscar o caminho marítimo para as Índias. Vou mostrar aqui alguns temperos orientais que estão entrando no arsenal dos cozinheiros ocidentais.
Japão
Shoyu - molho de soja, água, sal e trigo, submetidos a uma fermentação, que resulta em um molho de cor escura, com sabor salgado e rico em umami. Este molho já é amplamente utilizado no Brasil.
Missô - pasta de soja fermentada, tem um sabor umami intenso, e é rico em proteínas, vitaminas e probióticos.
Coréia
Gochujang - pasta fermentada de pimenta, arroz glutinoso, soja e sal, que tem um sabor complexo, picante, adocicado e rico em umami. Eu o considero uma das pimentas mais saborosas do mundo.
China
Molho de Ostra - molho feito com extrato natural de ostra, molho de soja, açúcar, sal e amido de milho, que resulta em um sabor salgado, adocicado e rico em umami.
Tailândia
Nam Pla - molho obtido através da fermentação de pequenos peixes com sal, cujo sabor é salgado e riquíssimo em umami. É o substituto do sal na culinária tailandesa e agrega um sabor inesquecível.
E para ilustrar com alguns exemplos:
O cearense Leonardo Giglio teve a ousadia de fazer um baião-de-dois com shoyu no Masterchef 2023, que gerou uma polêmica devido ao questionamento do chef Erick Jacquin. A resposta de Léo foi: "macho véi" é assim que faço lá em casa...
O chef Ivan Ralston do Tuju (restaurante com duas estrelas Michelin) de São Paulo, já desenvolveu pratos utilizando a técnica do missô utilizando ingredientes brasileiros.
O chef Alex Atala já utiliza os temperos orientais para enriquecer o sabor de seus pratos, há muito tempo e atualmente ele é um apaixonado pela pasta de pimenta Gochujang (Coréia).
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