O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
Em Êxodo , 20:7, nos ensina o Terceiro Mandamento: "Não tomarás o Nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar seu nome em vão”. De há muito assistimos, diariamente, a ação de pessoas despreparadas, sem conhecimento intelectual ou conteúdo espiritual, utilizando veículos de comunicação para supostamente levar a palavra de Deus. Em sua maioria sob argumentos materiais, e sempre explorando a fé de incautos para obter resultados financeiros exorbitantes.
Assim é que lideres evangélicos, se tornaram milionários, donos de impérios de comunicação, latifundiários, proprietários de aviões de ultima geração, expandindo seus “negócios religiosos”, mundo a fora, sempre explorando a fraqueza humana diante das necessidades e sofrimentos do dia a dia. Essa semana assistimos perplexos a dois episódios envolvendo lideres religiosos, que nos deixaram estarrecidos e muitos, decepcionados, com seus guias espirituais.
A policia do Estado do Rio de Janeiro, elucidou a morte de um Pastor pertencente a uma “igreja”, denominada Flordelis, referência à líder “religiosa”, que conduzia as diretrizes da instituição. Sob o pretexto de subtrair jovens da marginalidade, a líder da “igreja” e seu assassinado marido mantinham mais de
cinquenta “filhos”, poucos legítimos, em sua maioria adotados, em uma residência no subúrbio da capital fluminense, e foi ali, no “abrigo” mantido pela “religiosa” Flordelis, que foi morto o “pastor”, marido da também da deputada e chefe da seita. Foi lá, na casa de terrores mantida pela política, que se urdiu o plano
macabro para assassinar o marido da chefe do bando.
Sim, bando, uma vez que ali não se praticava nenhum ensinamento cristão, aliás se patrocinavam orgias e atos avessos aos ensinamentos de Deus. Uma verdadeira corrente do mal. Ao mesmo tempo, no Estado de Goiás, o Padre Robson de Oliveira Pereira, que a milhares de católicos de todo Brasil encantava com suas pregações, foi apanhado em um desvio milionário da instituição por ele dirigida, a Associação Filhos do Pai Eterno, que congrega devotos do Divino Pai Eterno, tendo sido reitor do Santuário por 11 anos. O sacerdote, para esconder condutas incompatíveis com a atividade sacerdotal, se apropriou indevidamente de mais de dois milhões de reais da associação por ele dirigida e que se mantinha de doações de católicos do país inteiro, usando a palavra de Deus para se apropriar de valores que deveriam servir aos carentes assistidos pela entidade que leva o nome do Divino Pai Eterno.
Em verdade, não podemos acreditar na fé e formação moral de pessoas que agem em nome de Deus para praticar o mal, delinquirem e tirarem proveitos ilícitos explorando a boa fé dos seus semelhantes. O nome de
Deus é sagrado e não há de ser usado em vão.
*Edson Guimarães,
Advogado e especialista em Direito Eleitoral.
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