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Artigo - "A devastação da Amazônia"
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Artigo - "A devastação da Amazônia"

Com o título "A devastação da Amazônia", eis artigo de Luiz Câncio, médico veterinário e palestrante motivacional. Ele aborda a preocupação do momento não só no brasil, mas, também, no mundo. Confira:
Tipo Opinião
Luiz Câncio,médico veterinário e palestrante motivacional (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Luiz Câncio,médico veterinário e palestrante motivacional

Eu tenho um amigo e companheiro de luta, o Sr. Wilton Wellington, que, atualmente, desenvolve um trabalho exemplar na Vigilância Sanitária do Município de Fortaleza, no âmbito da Ouvidoria, que, estando lendo a minha crônica cujo título é "Vamos arborizar Fortaleza", me advertiu, indagando, por que não fiz uma menção quanto a questão da devastação da Amazônia.

Disse-lhe que não queria tirar o foco do Município de Fortaleza. Daí, prometi ao amigo que iria mais além, mais pontual e com uma preocupação extrema, no desenvolvimento do presente tema ("A devastação da Amazônia").

Quando falo da Amazônia, estou me referindo a toda a região da extensa floresta, estando ai inseridos o Acre, Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia, além de áreas dos estados de Mato Grosso, Goiás e Maranhão. A Floresta Tropical Amazônica cobre boa parte do noroeste do Brasil e se estende da Colômbia ao Peru e outros países da América do Sul, tornando-se a maior Floresta Tropical do mundo.

Famosa pela sua biodiversidade, ela é atravessada por milhares de rios, entre eles, o principal e grandioso Rio Amazonas. E dentre as cidades ribeirinhas brasileira e peruanas, respectivamente, temos: Manaus e Belém, Iquitos e Perto Maldonado, perfazendo uma área acima de 5.500.000Km2. Para se ter uma ideia da gigantesca área, a mesma torna-se maior do que a extensa área territorial da Lua.

Devo, nesse texto, fazer uma retrospectiva quanto a sua exploração. A região Amazônica vem desde o descobrimento do Brasil sendo, de alguma forma, explorada. Mas, foi no governo do presidente Getúlio Vargas (1939-1945) que a colonização da floresta acabou vista como estratégica para os interesses nacionais, denominando para aquele momento um movimento intitulado "Integrar para não entregar". Daí, deram início à exploração da borracha, madeira, soja, minério e pecuária.

Foram anos de incentivos governamentais para a exploração da floresta. Junto com a ocupação e o
desenvolvimento da região, veio, também, a destruição do bioma. Estima-se que, na década de 1970, as derrubadas tenham atingido 14 milhões de hectares, e que nos dias de hoje, chegaria a mais de 70 milhões de hectares.

Dando uma cronologia das ações e principais fatos, descrevemos o seguinte: anos 1960 - integrar para não entregar; 1970 - o perigo do desmatamento; 1980 - o ambientalismo de Chico Mendes; 1990 - o impacto da soja; 2000 - segundo o IBGE, a população da Amazônia legal, chegando a uma população de 21 milhões.

Ano após ano, foram liberadas extensas áreas da região pelo Governo Federal com a finalidade preponderante para assentamentos de reforma agrária, preservação ambiental ou para projetos indígenas. Na verdade, atualmente são mais de 70 milhões de áreas desmatadas, dessa tão castigada região Amazônica. As cifras acima citadas são normatizadas, legais, oficiais e reais.

Mas, vamos agora, neste momento, dizer que a área total de desmatamento está crescendo numa velocidade avassaladora, cruel, descabida, insuportável... Na realidade, criminosa. São das mais variadas agressões, tais como queimadas: criminosas, para a fabricação do carvão vegetal; para pecuária descontrolada; impunidade a crimes ambientais, retrocesso em políticas ambientais, estímulo a grilagens das terras públicas e a retomada das grandes obras, sem se falar no fato de que não temos a menor ideia da quantidade de exploradores estrangeiros e acordos legais governamentais existentes no momento.

A região é humanamente impossível de ser vigiada, acompanhada e fiscalizada somente com a ação governamental. É necessário o envolvimento de organizações, tais como o Greenpeace, Equipe de
Conservação da Amazônia (ECAM), Conservação Internacional Brasil, Instituto Socioambiental (ISA), Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, Fundação Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, que são Instituições representativas atuando em defesa da Região da Amazônia. Mesmo trabalhando de uma forma conjunta, harmoniosa e com uma intensidade mais frequente, não
estão sendo suficientes para garrotear essa situação desagradável e perigosa que pode comprometer o futuro da tão badalada e preocupante Amazônia.

É de extrema necessidade a adoção de uma política internacional em defesa, não somente da nossa Nação Brasileira, até por ser área de interesse, por que não dizer, mundial. Estamos a caminho, se não forem tomadas providências radicais no sentido de preservar a referida região, dando um grande passo para transformar a vida de gerações em verdadeiros deserto, onde os reflexos serão catastróficos para o planeta, no que diz respeito a geração de alimentos e manutenção de um meio ambiente sustentável. Terá que existir uma saída criativa, utilizando toda os meios, com ações de um dínamo no sentido de transformar a situação de um enfermo ecológico em um mar de calmarias, um. Reflorestamento sustentável para a manutenção de vidas, não somente humanas, mas de todos os seres do Planeta, eis a ordem. Amém.

*Luiz Câncio,

Médico Veterinário, Palestrante motivacional.

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