O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
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A Polícia Federal deflagrou, nesta manhã de segunda-feira, a Operação Spectrum. O objetivo, segundo a assessoria de imprensa da Corporação, é apurar possível desvio de recursos do Fundo Eleitoral nas eleições de 2018 no Ceará.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na sede estadual do Pros, no bairro da Parquelândia, político, em um escritório de contabilidade, em uma empresa gráfica, em um posto de gasolina e nas residências da investigada e dos proprietários das empresas. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Eleitoral do Ceará e cumpridas na capital cearense.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF, o inquérito policial foi instaurado por requisição da Justiça Eleitoral com o objetivo de investigar notícia de que uma candidata a deputada estadual nas eleições de 2018 recebeu repasse de R$ 274 mil, quantia superior a outros candidatos da mesma agremiação partidária que lograram êxito no referido pleito eleitoral. A candidata alvo da operação foi contemplada com apenas 47 votos.
Em levantamentos iniciais realizados no âmbito da PF nos dados disponíveis nos sistemas de prestação de contas dos candidatos disponibilizados pelo Superior Tribunal Eleitoral e outros sistemas de dados de acesso da PF, foi constatado que o valor repassado à candidata em muito superou às quantias que foram destinadas a outros candidatos do mesmo partido, inclusive dos que foram eleitos pela mesma legenda.
A então candidata obteve os 47 votos ao custo de R$ 5.844,50, cada, representando cerca de 547,65% a mais que o custo médio do voto de todos os candidatos da mesma agremiação partidária da qual faz parte.
A Operação tem por objetivo a coleta de mais provas e dados, inclusive identificação dos responsáveis pela possível fraude contra o Fundo Eleitoral, da verba destinada às candidaturas das mulheres.
DETALHE - Os fatos, caso confirmados, podem configurar o crime capitulado no art. 354-A do Código Eleitoral, que comina aos infratores pena de reclusão de dois a seis anos e multa.
DETALHE 2 - O presidente estadual do Pros, Capitão Wagner, pré-candidato a prefeito, informou que o partido vai divulgar nota sobre a operação.
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