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Governo pensa em congelar aposentadorias para garantir o Renda Básica
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Governo pensa em congelar aposentadorias para garantir o Renda Básica

Na hipótese de esta medida ser aprovada, os benefícios previdenciários acima do SM ficariam, pois, por um tempo estagnados no valor atual, independentemente da inflação
Tipo Notícia
Paulo Guedes ainda garantiu que foram enviados muitos recursos para São Paulo gastar com a saúde da população (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Foto: José Cruz/Agência Brasil Paulo Guedes ainda garantiu que foram enviados muitos recursos para São Paulo gastar com a saúde da população

Aposentadorias e pensões podem ficar desvinculadas do reajuste do salário mínimo e até mesmo ficar congeladas nos próximos dois anos. Admitiu, em entrevista ao site G1, o secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. No que tange ao primeiro aspecto, a medida, se encampada, evitaria a correção automática do piso de aposentadorias e pensões, que, como é de conhecimento amplo, hoje não podem estar abaixo que o valor fixado pelo governo para o salário mínimo - neste ano, correspondente a R$ 1.045. Tanto esta diretriz quanto o congelamento dos rendimentos dos aposentados que ganham acima do piso de um SM teriam, segundo a citada reportagem, são ações vistas com bons olhos pela equipe econômica do governo Jair Bolsonaro.

A ideia, prossegue Rodrigues, na entrevista, seria direcionar a renda gerada com a implementação dessas medidas para o financiamento do programa Renda Brasil, visto como uma menina dos olhos da presidência. "A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta (de correção). O benefício hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, em vez de ser corrigido pelo INPC, seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção", prosseguiu Waldery Rodrigues ao G1. Mas o secretário atentou que o governo Jair Bolsonaro não bateu o martelo sobre o tema.

Na hipótese de esta medida ser aprovada, os benefícios previdenciários acima do SM ficariam, pois, por um tempo estagnados no valor atual, independentemente da inflação. Para fazer um comparativo, neste 2020, o salário mínimo foi corrigido em 4,7%, mas os benefícios acima do piso, em um valor mais baixo, 4,48%. Também cumpre dizer que os benefícios previdenciários não se limitam apenas às aposentadorias e pensões, abarcando, ainda, salário-maternidade, auxílio-doença e salário-família, entre outros. Programas assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), não entrariam nessa regra.

Ainda de acordo com o site G1, Waldery disse que ideia de congelar o valor dos benefícios seria incorporada à proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC) no Congresso. Pelos cálculos do Ministério da Economia, se implantada, a medida pouparia R$ 17 bilhões em 2021 e de R$ 41,5 bilhões em 2022 — ou seja, de R$ 58,5 bilhões nos dois anos.

(Também com Agências e jornal O Tempo)

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