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PF e CGU deflagram operação que apura desvio de verbas para combate ao novo coronavirus em Fortaleza
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

PF e CGU deflagram operação que apura desvio de verbas para combate ao novo coronavirus em Fortaleza

A investigação policial colhe provas para inquérito instaurado em junho e que aponta prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 7 milhões, tendo sido autorizado pela Justiça Federal o bloqueio desses valores em contas das pessoas jurídicas investigadas
Tipo Notícia
Fachada da sede da PF em Fortaleza (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Fachada da sede da PF em Fortaleza

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União deflagraram, nesta manhã de terça-feira, a Operação Cartão Vermelho. Segundo a assessoria de imprensa da PF na Capital cearense, estão sendo cumpridos 27 Mandados de Busca e Apreensão em domicílios de investigados em Fortaleza, São Paulo/SP e Pelotas/RS. Na ação, 120 policiais federais e 22 servidores da CGU.

A operação é consequência de um Inquérito Policial instaurado em junho deste ano para apurar crimes de corrupção, malversação/desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação no contexto do enfrentamento ao coronavírus em Fortaleza, mais precisamente no Hospital de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas.

Prejuízo

 

Há indícios, segundo a PF, de atuação criminosa de servidores públicos da Secretaria da Saúde de Fortaleza, gestores e integrantes da comissão de acompanhamento e avaliação do contrato de gestão, dirigentes de organização social paulista contratada para gestão do hospital de campanha e empresários.

Segundo a assessoria da PF, a investigação demonstrou indícios de fraude na escolha da empresa contratada em dispensa de licitação; compra de equipamentos de empresa de fachada; má gestão e fiscalização da aplicação dos recursos públicos no hospital de campanha e sobrepreço nos equipamentos adquiridos, comparando-se com outras aquisições nacionais sob mesmas condições no contexto de crise pandemia.

A investigação policial aponta prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 7 milhões, tendo sido autorizado pela Justiça Federal o bloqueio desses valores em contas das pessoas jurídicas investigadas. As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos. 

Penalidades

 

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, ordenação de despesa não autorizada por Lei e organização criminosa, e, se condenados poderão cumprir penas de até 33 anos de reclusão.

DETALHE - A PF dará entrevista coletiva à imprensa hoje, às 10 horas, na sede da superintendência do órgão, no bairro de Fátima.

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