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Ceará tem vírus mutante desde julho, dizem pesquisadores da UFC
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Ceará tem vírus mutante desde julho, dizem pesquisadores da UFC

Foram analisadas amostras coletadas de julho a dezembro de 2020 e todas elas possuem a mutação
Tipo Notícia
Brasil tem a primeira vítima da variante delta do novo coronavírus (Foto: )
Foto: Brasil tem a primeira vítima da variante delta do novo coronavírus

Pesquisadores da Central de Genômica e Bioinformática (www.CeGenBio.ufc.br) do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC detectaram a mutação D614G do vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, em amostras circulantes no Ceará.

Foram analisadas amostras coletadas de julho a dezembro de 2020 e todas elas possuem a mutação.

Essa é uma importante alteração genética que resulta na substituição do aminoácido Ácido aspártico por Glicina na posição 614 da proteína Spike (S) na superfície do vírus (D614G). Essa mutação está associada à linhagem B.1 do SARS-CoV-2, que atualmente domina a pandemia global, com base nas sequências do genoma SARS-CoV-2 compartilhadas via GISAID.

A importância dessa mutação D614G reside no fato de que estudos recentes sugerem que a cepa D614G altera a conformação de ligação ao receptor, de modo que a ligação com o receptor e a fusão com a célula são mais prováveis de acontecer. A replicação aprimorada no trato respiratório superior e a transmissão acelerada da variante 614G foram demonstradas em modelos animais de infecção por SARS-CoV-2.

A análise da frequência das variantes 614D e 614G ao longo do tempo (com base em dados de sequências genômicas do vírus em banco de dados mundiais) sugere a dominância de 614G, o que pode levar a uma maior velocidade de transmissão do vírus.

Existem indícios que mostram que a variante 614G é mais prevalente em grupos de idades mais jovens, podendo explicar parcialmente as taxas de crescimento desta variante nesta população. Os pesquisadores acreditam que outras mutações como as observadas em Manaus e novas possam estar circulando na nossa população, entretanto estas precisam ser comprovadas. A Central de Genoma e Bioinformática do NPDM/ UFC possui toda a infraestrutura e um grupo de pesquisadores e técnicos com treinamento e expertises que está atento a possibilidade de detecção de novas variantes do Coronavírus por meio da vigilância genômica de amostras circulantes no nosso estado.

Equipe de professores: Raquel Montenegro - NPDM – Famed Vânia Melo – Depto. de Biologia e Vice-Coordenadora da CeGenBio Nicholas Barroso – Depto. de Bioquímica e Biologia Molecular Maria Elisabete Amaral de Moraes - Coordenadora do Centro de Pesquisa Clínica - Unidade de Farmacologia Clínica (UNIFAC-FARMAGEN) Manoel Odorico de Moraes – Diretor do NPDM e Coordenador da CeGenBio

Equipe técnica: Andrea Oliveira Luina Benevides Maísa Barros Mariana Castelo Branco Laís Brasil Carlos Paier Caroline Aquino

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