Os 73 anos da Federação do Comércio (Fecomércio) estão ameaçados, diante de um projeto pessoal de poder do atual presidente Gastão Bittencourt, que declarou "guerra" à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A observação é do vice-presidente da entidade no Ceará, Maurício Filizola, que nesse fim de semana divulgou nota em que aponta que, no início de maio, Gastão Bittencourt iniciou “uma batalha ou guerra contra a CNC, o presidente José Roberto Tadros e o vice-presidente Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante”.

"Esta guerra que se inicia agora na Fecomércio não começou aqui, não foi desencadeada por nenhum membro da Diretoria e por nenhum dos presidentes dos 34 sindicatos da nossa base. Fomos convocados a participar sem termos ciência ou conhecimento integral dos fatos", disse Filizola, em nota, ao se colocar ao lado da CNC.

O vice-presidente da Fecomércio lamentou, ainda, o fato de Gastão Bittencourt ter passado a adotar ações, como a demissão de servidores com mais de 20 anos de empresa, sem a ciência do Conselho. Desde que retornou à presidência da Fecomércio (Gastão estava licenciado desde 2017, quando então ocupava a vice-presidência da CNC), Bittencourt passou a administrar a entidade como se plenos poderes tivesse.

"A admissão e a demissão de funcionários apesar de ser uma prerrogativa do Presidente, devem ser referendadas pelo Conselho de Representantes, o que não ocorreu, ou sequer foram expostos os verdadeiros motivos para os demais diretores da instituição", ressaltou o vice-presidente.

"Praticamos a auto responsabilidade em relação aos nossos atos, e jamais colocaremos ou convocaremos qualquer líder sindical ou empresário, a defender uma causa que não seja justa e verdadeira. Nesse momento, não devemos enaltecer o ego ou promover uma causa própria, mas sim em prol de um todo, do coletivo", disse Filizola.

O Blog apurou que o presidente da Fecomércio, Gastão Bittencourt, deverá se pronunciar durante a semana.