O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
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Num ato conjunto do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, o governo anuncia a suspensão do contrato de compra da vacina indiana Covaxin, durante solenidade na última terça-feira (29/6). O contrato virou alvo da CPI depois que um servidor afirmou que sofreu pressão atípica para agilizá-lo.
A suspensão se dará enquanto a CGU faz uma auditoria, para checar possíveis irregularidades. Segundo o ministro, a revisão do processo não deve durar mais de 10 dias. O objetivo é ter certeza de que não há mácula no contrato. “A CGU está suspendendo o processo única e exclusivamente para verificação de possíveis irregularidades trazidas por um servidor que alega algum tipo de irregularidade que ele não consegue ainda especificar qual é”, afirmou Rosário.
O governo suspende o contrato, e a Folha já inventa outra denúncia. Segundo o jornal paulista, um vendedor de vacina teria oferecido um lote de 400 milhões da Astrazeneca. E só não aconteceu porque teria se recusado a pagar propina de um dólar por dose.
Até os ingênuos duvidariam dessa versão, que apresenta furos por todos os lados:
Na época, não havia 400 milhões de doses em todo o mundo, nem se contasse com a produção de todos laboratórios e farmacêuticas;
Com todos os contratos fechados até esta data (Coronavac, Astrazeneca, Pfizer, Janssen, Covaxin, Sputnik) ainda não chegou aos 400 milhões;
O representante da Astrazeneca no Brasil é a FioCruz, que já estava produzindo o imunizante;
Um negócio de mais de um bilhão de dólares sendo fechado num shopping entre uma e outra taça de chope. Nem um foca, ou mesmo um estagiário, engoliria uma história dessa, que a Folha levou para a principal manchete do ex-jornal.
Luciano Cléver é jornalista
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