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Artigo - "O desafio do "S" na cultura ESG"
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Artigo - "O desafio do "S" na cultura ESG"

Com o título "O desafio do "S" na cultura ESG", eis artigo de Lauro Chaves Neto, economista e professor universitário. Confira:
Tipo Opinião
Lauro Chaves Neto, economista (Foto: Rogerio Lima)
Foto: Rogerio Lima Lauro Chaves Neto, economista

As boas práticas ambientais, sociais e de governança, consolidadas como a cultura ESG, sigla que significa Environmental, Social and Corporate Governance em inglês, vem se disseminando no mundo dos negócios.

Dos três eixos ESG, a governança é a vertente mais familiar no meio empresarial, a área ambiental também ganhou adeptos com iniciativas implantadas, porém a área social é onde ocorrem menos ações, predominando a ideia de que essa é uma responsabilidade essencialmente do poder público.

Esse raciocínio é verdade tanto na visão micro das decisões dentro das empresas, quanto na visão macro para o direcionamento dos recursos dos fundos de investimentos.

Os Fundos Internacionais, a cada dia, reforçam a importância do ESG, porém mantêm recursos em países, cuja atuação é polêmica na área de direitos humanos. Arábia Saudita, Rússia, Egito e China são exemplos claros desse dilema.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU deviam ser o guia do "S", porém o seu primeiro enunciado, o de erradicação da pobreza, é tratado subliminarmente por grande parte do setor produtivo e nenhum fundo de investimento o menciona em suas políticas.

O "S" pode e deve receber maior atenção para a obtenção dos resultados esperados da cultura ESG, para isso é possível separar as iniciativas entre aquelas de caráter interno ou externo às organizações.

Externamente é possível usar a expertise para ajudar na elaboração de iniciativas públicas de combate à pobreza e na redução das desigualdades, incluir no seu mix produtos capazes de melhorar a qualidade de vida dos mais vulneráveis e ainda atuar diretamente em projetos sociais.

Internamente, deve-se melhorar as condições e as relações de trabalho, estimular as políticas de inclusão e diversidade dentro e fora das empresas, garantir a privacidade e segurança de dados, promover impacto positivo no seu entorno, além de respeitar os direitos humanos.

O roteiro acima é uma amostra do longo caminho a ser percorrido até que a cultura ESG passe a gerar efeitos positivos e prove que é para valer e não mais um modismo ou marketing no mundo dos negócios.

*Lauro Chaves Neto

Economista e professor universitário.

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