O deputado federal Capitão Wagner (PROS) se manifestou para o Blog, nesta quinta-feira (16), sobre as acusações do senador Cid Gomes (PDT-CE), nessa quarta-feira (15), que apontou a operação da Polícia Federal como politiqueira, quando o presidente Jair Bolsonaro teria interesse no desgaste do maior grupo político do Estado em favor de "seus asseclas aqui no Ceará".

"Para se defender, Cid me ataca", reclamou Capitão Wagner.

A Operação Colosseum investiga suspeita de pagamento de propinas em obras do estádio Castelão, entre 2010 e 2013, quando Cid Gomes era governador do Estado. As obras foram para a Copa do Mundo 2014, realizada no Brasil. A operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz federal Danilo Vasconcelos, em endereços de Fortaleza, Meruoca e Juazeiro do Norte, no Ceará, além das capitais São Paulo, Belo Horizonte e São Luís.

"O senador e ex-governador do Ceará, Cid Gomes, alvo da operação Colosseum, da Polícia Federal, que junto com os seus irmãos, Ciro Gomes e Lúcio Gomes, é acusado de participação do esquema de fraudes e pagamentos de propinas nas obras do Castelão, em Fortaleza, terá de comprovar na Justiça que eu tinha conhecimento da operação deflagrada, como afirmou irresponsavelmente em coletiva de imprensa", disse Wagner, ao apontar a fala do senador do PDT que "ontem (terça-feira), se a gente for procurar um vereador de Fortaleza ligado ao Bolsonaro, ligado ao Capitão (Wagner), que é ligado aqui ao Bolsonaro, disse que hoje (quarta-feira) ia ter uma bomba. Portanto sabiam previamente de uma operação".

"Para se defender, ele ataca, tentando livrar-se de uma acusação grave, debochando da inteligência dos cearenses, pensando que continuará nos enganando. Isso não pode continuar. Também solidarizo-me com o juiz Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, com o Ministério Público Federal e os policiais federais que conduziram a operação", afirmou Capitão Wagner, pré-candidato ao Governo do Ceará.