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Artigo - A rainha é a peça mais forte no xadrez
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Artigo - A rainha é a peça mais forte no xadrez

"Tão importante quanto a função da rainha em uma partida de xadrez é a predisposição do jogador em saber utilizá-la de forma eficiente ou não", aponta em artigo o sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
Tipo Opinião
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e consultor político (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e consultor político

Acompanhei atentamente a partida de xadrez entre o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, e a vice-campeã brasileira e ex-diarista Cibele Florêncio, na LiveDoCirão, disponibilizada no Youtube. Foram dezesseis lances jogados, até Ciro abandonar a partida, por entender que levaria xeque-mate em lances à frente.

O que Ciro deixou de analisar, no entanto, é que a derrota foi resultado do posicionamento das duas damas no tabuleiro, peças popularmente conhecidas como rainhas. Cibele estava com uma “dama boa”, enquanto Ciro estava com uma “dama ruim”. A “dama boa” possui grande mobilidade no tabuleiro e é decisiva em qualquer vitória. A “dama ruim” quase sempre se encontra bloqueada por suas próprias peças, quando somente ganha a função de defensora.

Tão importante quanto a função da rainha em uma partida de xadrez é a predisposição do jogador em saber utilizá-la de forma eficiente ou não.

Ficou claro que Ciro é adepto à movimentação de peões. E que suas peças de força mediana (bispos e cavalos) servem mais para neutralizar iguais peças do adversário, ao ponto da simples troca ser definida pelo ex-ministro como “sacrifício”. No jogo de xadrez de Ciro, não é aconselhável ser uma peça de força mediana. Melhor se manter como peão. Nos dezesseis lances jogados, todos foram mantidos.

Ao abandonar a partida prematuramente, Ciro não teve a oportunidade de aprender com Cibele que a rainha para triunfar necessita do apoio de uma ou mais de suas peças. Na própria análise do ex-ministro, a rainha da vice-campeã brasileira receberia o apoio do cavalo para o xeque-mate. “Rainha aqui, cavalo aqui. Morri!”.

A lição da partida não pode passar alheia a Ciro. O ex-ministro precisa não avaliar o que lhe causou a derrota, mas o que levou a vice-campeã brasileira à vitória. “Rainha boa”, “rainha ruim”. Rainha com grande mobilidade e apoio de suas próprias peças, rainha bloqueada por sua própria gente.

Que siga o jogo...

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB

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