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Artigo - Biden: Brasil faz bom trabalho na Amazônia
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Artigo - Biden: Brasil faz bom trabalho na Amazônia

"O sucesso do presidente brasileiro deve ter deixado muita gente com dor de cotovelo", aponta em artigo o jornalista Luciano Cléver
Tipo Opinião
Luciano Cléver é jornalista (Foto: ARQUIVO)
Foto: ARQUIVO Luciano Cléver é jornalista

O encontro entre Joe Biden e Jair Bolsonaro tinha tudo para ser um fiasco conforme as expectativas da mídia brasileira. E foi exatamente o inverso. O sucesso do presidente brasileiro deve ter deixado muita gente com dor de cotovelo. O cenário foi montado para mostrar o presidente americano passando uma reprimenda no brasileiro por não respeitar a Amazônia nem a democracia. Deu-se o contrário. Por mais que os jornalistas queiram distorcer, as palavras de Biden não admitem tergiversação: “O Brasil tem feito um bom trabalho para proteger a Amazônia”.

Biden foi só elogios ao Brasil. Não apenas no campo ambiental, mas também na democracia. Afirmou que o Brasil é lugar maravilhoso. Por sua democracia vibrante e inclusiva e instituições fortes”. A jornalista Janaína Figueiredo, do O Globo, não conteve seu descontentamento: ”Biden foi extremamente simpático”.

Bolsonaro compareceu à Cúpula das Américas depois de convite pessoal de Biden, que despachou um emissário especial ao Brasil para convencê-lo. E ainda diziam que Bolsonaro tinha transformado o país num pária entre as nações. Imaginaram um Bolsonaro cabisbaixo e testemunharam altivez.

Em vez de crítica, Biden propôs ajuda internacional financeira para o Brasil. Essa promessa é antiga, até agora o verde dos dólares ainda não se espraiou pelas florestas para proteger o ambiente. Nem mesmo os créditos de carbono a que temos direito.

Diferentemente do que apregoam os jornalões daqui, Biden não viu ameaça à democracia. Ao contrário, chamou-a de vibrante e inclusiva. Bolsonaro refirmou que entrou democraticamente e vai sair da mesma forma, mas com eleições limpas, confiáveis e auditáveis.

O encontro foi bom para os dois. A presença de Bolsonaro afastou o risco de esvaziamento do encontro em que Biden era o anfitrião, em Los Angeles. E a Bolsonaro para desmentir a falácia de que está isolado no mundo. Na verdade o mundo está de olho no Brasil.

Bolsonaro se sentiu em casa, num ambiente que estava longe de lhe ser hostil. Afirmou que a sobrevivência do mundo depende em grande parte do Brasil. Não apenas pelo seu ecossistema, mas por ser maior produtor de energia limpa e exportador de alimentos. Dois itens tão escassos quanto essenciais.

A recuperação econômica do Brasil tem surpreendido o mundo, fazendo com que analistas revejam para cima suas projeções pessimistas. O mundo vai mal, o Brasil vai bem em todos os indicadores do PIB e do emprego. A inflação refluiu em maio. O Brasil é benchmarking para as demais nações.

O desconcerto ficou com os profissionais da mídia. Eliane Catanhede pagou mico ao vivo na Globonews. Ela ficou tão impressionado com o encontro que elogiou a fluência do inglês de Bolsonaro na conversa com o americano. Ora, Bolsonaro não fala bem nem o português. Ela se confundiu, era a voz do intérprete e foi corrigida no ar.

Luciano Cléver é jornalista e coordenador de Jornalismo do Sistema Paraíso

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