Todos os dias, a vaqueiro Vinícius Maia deixa a pequena casa na zona rural de Pereiro, a 342 quilômetros de Fortaleza, para trabalhar em um sítio nas proximidades. Recém-casado, a esposa quase sempre o acompanha. Na volta para casa, a diversão do casal é uma tevê, ainda de tubo. A geladeira garante a janta e o café da manhã, diante do acondicionamento das poucas verduras e ovos. São os dois únicos equipamentos na casa, além de duas lâmpadas, uma na sala e outra no quarto.

A vida simples do casal de Pereiro contradiz a conta milionária imposta pela Enel, com valores exorbitantes que chegam a R$ 1,9 mil. No último mês, um pouco mais "barata": R$ 1,7 mil. Ao ter o recurso negado, junto à unidade da empresa no município, o vaqueiro teve o fornecimento de energia cortado, por falta de pagamento.

O Blog do Eliomar/Coluna Eliomar de Lima entrou em contato com a Enel, pelo 0800. Após a atendente verificar o número de inscrição e o nome do cliente, pediu um instante. Depois de 12 minutos, a ligação foi encerrada com um pedido eletrônico de avaliação do atendimento. O que foi feito...