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Artigo - O general no front
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Artigo - O general no front

"Cabe a um general se posicionar na linha de tiro quando bombas já tiverem estourado, munições praticamente se exaurido e mortos e feridos puderem ser contados", aponta em artigo o sociólogo e consultor político Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
Tipo Opinião
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e consultor político (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e consultor político

Há de se passar um tempo, até alguém puxar o debate que o erro na estratégia do PDT na escolha do nome do partido para a disputa ao Governo do Ceará foi a presença do general na linha de frente da batalha. Por certo, os quatro nomes pedetistas - Izolda Cela, Roberto Cláudio, Evandro Leitão e Mauro Filho - nunca teriam formado batalhões se o general Ciro Gomes não tivesse ido para o front e defendido o nome de Roberto Cláudio.

Cabe a um general se posicionar na linha de tiro quando bombas já tiverem estourado, munições praticamente se exaurido e mortos e feridos puderem ser contados.

É o caso da oportuna entrada do general Cid Gomes, que, infelizmente, encontra em ferimento o general Ciro Gomes, atingido por um processo até então desconhecido a qualquer líder e estrategista.

Também há baixas nos batalhões, que sequer deveriam ter sido formados.

Difícil convencer aos componentes das tropas que agora todos são aliados, que sempre foram aliados. Que as baixas e suas dores fazem parte de um... sei lá!.. fortalecimento da aliança.

Difícil, ainda, conter as guerrilhas internas que se estenderão ao longo da grande e única batalha verdadeiramente a ser combatida.

Talvez, nesse “há de se passar um tempo”, ninguém atentará por qual motivo o general Ciro Gomes se colocou no front. Até porque novas batalhas estarão em curso e provavelmente novas patentes terão surgido.

Mas essa discussão poderá evitar a repetição de erros estratégicos gritantes. Como a omissão do prefeito Sarto. Sim, sem reconhecer a importância do cargo de prefeito de Fortaleza e da sua fundamental missão política, diante de 1,8 milhão de eleitores (cerca de 30% do eleitorado do Estado), Sarto jogou Ciro Gomes no front.

Era de Sarto a missão de conduzir ou direcionar o processo das pré-candidaturas, até mesmo com a legitimidade pela defesa do nome de Roberto Cláudio, diante do apoio recebido pelo ex-prefeito de Fortaleza na eleição ao Palácio do Bispo.

Na forma correta, Roberto Cláudio conduziu todo o processo na última eleição em Fortaleza, até ter a sua preferência por Sarto confirmada pelos generais Ciro e Cid Gomes, sem desgaste para as duas maiores lideranças políticas no Ceará.

Tivesse Sarto à frente do atual processo, caberia neste instante a entrada dos dois generais para confirmar a preferência do atual prefeito de Fortaleza. Ou negá-la, novamente sem desgaste para as duas maiores lideranças políticas no Ceará.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e gerente-executivo da Consultoria LCFB

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