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16º For Rainbow homenageia Luiza Cela e Mãe Kelma de Yemanjá com Troféu Artur Guedes
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

16º For Rainbow homenageia Luiza Cela e Mãe Kelma de Yemanjá com Troféu Artur Guedes

Reconhecido internacionalmente, o evento multicultural se propõe a movimentar as tardes e noites da capital cearense com muita arte. O festival é gratuito
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O 16º For Rainbow, festival do cinema da diversidade que terá início nesta quarta-feira, a partir das 18h30, e vai até o dia 21 próximo, no Centro Dragão do Mar, homenageará a psicóloga Luiza Cela e a assistente social Mãe Kelma de Yemanjá com Troféu Artur Guedes. Esse troféu foi criado para destacar a luta pela defesa dos direitos humanos e pelo respeito à diversidade sexual e de gênero. 

Reconhecido internacionalmente, o evento multicultural se propõe a movimentar as tardes e noites da capital cearense com muita arte. O festival é gratuito.

Na lista da programação, filmes, música, teatro, performances, homenagens, oficinas, literatura, dança, mostras audiovisuais, feira temática, exposição de artes visuais e a entrega do TROFÉU ELKE MARAVILHA aos filmes premiados na Mostra Competitiva Internacional em diversas categorias.

Troféu Elke Maravilha

Nesta 16ª edição, o For Rainbow passará também a contemplar artistas LGBTI+ pelo conjunto da obra. Os agraciados deste de 2022 com o Troféu Elke Maravilha são os artistas Silvero Pereira e Bayard Tonelli.

O primeiro troféu será entregue ao ator e diretor teatral Silvero Pereira, que tem uma vasta obra em seu currículo, marcada por personagens fortes e de grande empatia com o público. Silvero é também um ativista de grande relevância por direitos humanos LGBTI+.

O segundo agraciado com o troféu Elke Maravilha é o bailarino, coreógrafo e ator Bayard Tonelli, um dos fundadores, no início dos anos 70, do DZI Croquetes, o primeiro grupo transformista do Brasil que, com performances ousadas, desafiava a repressão sofrida por artistas LGBTI+ durante ditadura militar. A história de Bayard é intrinsecamente ligada ao cinema e ao teatro brasileiro, tendo participado de diversos filmes e espetáculos. Com 75 anos, o artista ainda atua nos palcos cariocas.

“O For Rainbow é uma ação afirmativa de respeito à diversidade humana, que visa estimular a convivência pacífica entre as pessoas, independente de sua condição identitária e de gênero”, destaca a cineasta Verônica Guedes, diretora executiva do festival. Segundo ela, construir ações e iniciativas culturais para LGBTI+ sempre foi um grande desafio. “É necessário incentivar, valorizar e visibilizar uma cultura específica de populações que historicamente são postas à margem”.

Como acontece todos os anos, este primeiro dia do festival (14) será marcado pela cerimônia de abertura, a partir das 18h30min, na Sala 2 do cinema do equipamento cultural. Após a cerimônia, acontece o primeiro dia da Mostra Competitiva Internacional de Curtas e Longas-Metragens, onde será exibido o filme “Corpolítica”, de Pedro Henrique França.

Mostra competitiva internacional de curtas e longas

Com filmes nacionais e estrangeiros, a Mostra Competitiva Internacional de Curtas e Longas-Metragens selecionou oito longas e 25 curtas, que serão exibidos entre os dias 14 e 20 de dezembro. Esse ano, o festival recebeu inscrições de 1.667 filmes de 109 países - o que corresponde a mais da metade das nações do mundo. A comissão organizadora do evento solicita o uso de máscaras na sala de cinema, por conta do aumento do número de casos de Covid.

As obras selecionadas representam Brasil, Alemanha, Argentina, Colômbia, Chile, Guiana, Bélgica, Botswana, Burkina Faso, Espanha, Irã e Estados Unidos. A comissão de seleção foi formada pela realizadora e atriz paraibana, Cristiane Fragoso; pelo jornalista, pesquisador e crítico de cinema cearense, Diego Benevides, e pela atriz e realizadora Julia Katharine (SP).

Os curtas e longas concorrem ao TROFÉU ELKE MARAVILHA nas categorias Melhor Filme (Nacional e Estrangeiro), Direção, Roteiro, Ator, Atriz, Fotografia, Montagem, Direção de Arte, Desenho Sonoro e Trilha Sonora, além do Troféu Artur Guedes, que destaca a luta pela defesa dos direitos humanos e pelo respeito à diversidade sexual e de gênero.

Um júri especial elegerá o Melhor Longa do 16º For Rainbow. Entre os jurados estão o cineasta Bertrand Lira (professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); o ator Cláudio Jaborandy, Kenia Freitas (curadora do cinema do Dragão do Mar), o jornalista e cineasta Émerson Maranhão, além de Grá Dias, trans não-binárie e realizadora audiovisual.

O Melhor Filme (longa ) também contará com a avaliação do Júri da Crítica, que irá escolher o melhor filme da Mostra Competitiva Internacional. O grupo, formado por membros da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Asseccine), é composto pela realizadora audiovisual não-binárie Eric Magda, pela autora do blog Cine em foco, produtora e realizadora audiovisual, Larissa Bello Capixaba, e pelo crítico de cinema e realizador audiovisual, Rodrigo Passolargo.

Já o júri que irá eleger o melhor curta-metragem é composto pela atriz e perfomer Patrícia Dawson, por Arthur Gadelha - presidente e roteirista do Núcleo Audiovisual do Jornal O Povo -, assim como pelo cineasta paulista trans Miguel Rosa Caldeira, que é diretor cinematográfico e diretor de fotografia na produtora de audiovisual comunitário Maloka Filmes.

Mostras Paralelas

Além da Mostra Competitiva Internacional de Curtas e Longas-Metragens, o festival também contará com a Mostra de Filmes Convidados (“A Mãe de Todas as Lutas”, de Susanna Lirae, “Serial Kelly” de René Guerra e “Panteras”, de Breno Baptita), a Mostra Educativa, a Mostra “Olho D´água” e a Mostra Feminino Plural.

Verônica Guedes destaca que a Feminino Plural tem como principal objetivo dar visibilidade à fala de mulheres através da arte, a fim de disseminar e multiplicar estratégias, com o intuito de fortalecer a luta contra o machismo, o silenciamento e as violências. Na mostra, serão exibidos oito filmes e o espetáculo teatral “Solo do Meu Interior”, da Cia. Bravia.

O júri da Mostra Feminino Plural é formado pela comunicadora e multiartista Ella Monstra, assim como pelas cineastas Lays Antunes e Sara Benvenuto.

Oficinas

O 16º For Rainbow realizará duas oficinas durante o festival. Uma delas é “Pesquisa para filmes e séries documentais (Personagens e Conteúdos)”, ministrada por Joana Guedes Galetti, profissional de pesquisa e assistência de direção.

Outra oficina que será realizada durante o festival será a “Oficina de Realização Audiovisual - Vídeo e Design em Celular como Ferramenta de Ativismo e Empreendedorismo para LGBTI+”, ministrada pela especialista em novas mídias e empreendedorismo virtual, Anna Gomes.

Literatura

Durante o festival também ocorrerá o lançamento de duas obras literárias ligadas ao universo LGBTI+. A primeira delas será “Cartilha do Orgulho LGBTQIAPN+ de Asé”, do coletivo Ayoká e Aladê Produções. Já o segundo livro a ser lançado será “Cores entre versos”, de Tomzé Silva.

Diversidade musical

A música chega para também dar o tom ao 16º For Rainbow. A diversificada programação musical acontece durante todos os dias do festival e é aberta ao público. Os encontros acontecem sempre após a exibição dos curtas e longas da Mostra Competitiva Internacional, a partir das 22 horas, no palco montado na Arena do Dragão do Mar.

Entre as atrações estão a cantora e compositora Mumutante, a Dj Bugzinha, o cantor e compositor Rafael Amora, a cantora Angell History, Val e o Paraíso (vocal e guitarra), o Dj Uirá dos Reis, o projeto musical Sapatinder - com os DJs Lolost e Adora -, além do show de encerramento do festival, com a cantora, compositora, atriz e modelo, Luiza Nobel.

SERVIÇO

*Site Oficial: forrainbow.com.br Instagram: @festivalforrainbow

*Mais informações - (85) 99964.6614.

Foto do Eliomar de Lima

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