
O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
"Veni, vidi, vici" proclamou o imperador Júlio César em 46 a.C. ao vencer a Batalha de Zela. Passados 2069 anos, Vini Jr. pode dizer o mesmo: vim, vi e venci. A Batalha de Valência.
O episódio em que tentaram humilhá-lo e rebaixá-lo, o engrandeceu e elevou. Antes, era um dos três melhores futebolistas da atualidade; agora é, também, o maior símbolo da luta contra o racismo em escala mundial e não só no futebol. Os torcedores que agrediram Vini Jr. não são racistas apenas no estádio. Lá tão somente extravasaram o sentimento que escondem no dia a dia.
Ele já era candidato a todos os títulos de melhor jogador do ano. Agora pode ser o Homem do Ano.
A diferença entre este e outros casos deploráveis é que Vini Jr. não se calou, reagiu com altivez no calor dos acontecimentos, enfrentou 46 mil torcedores e o combate ao racismo virou questão de estado. É um câncer que tem de ser extirpado.
Todos os países, não só a Espanha, e o Brasil inclusive, é claro, devem apertar o cerco contra os racistas por meio de punições relevantes e campanhas educativas, sobretudo nas escolas e transformá-los em inimigos da humanidade, da democracia e do desenvolvimento.
Nenhum país pode crescer num ambiente de preconceito e racismo.
Vini Jr. é a prova de que cidadãos podem, muitas vezes, contribuir mais para a paz mundial que os grandes líderes. Agora cabe aos grandes líderes completar a tarefa que Vini Jr. iniciou.
Alex Solnik é jornalista
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