O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.
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O ex-ministro Ciro Gomes, que disputou a presidência do Brasil em 2018, afirmou nessa terça-feira, em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, em Pernambuco, que o presidente Jair Bolsonaro está se vingando do Nordeste ao demorar para tomar medidas em relação ao aparecimento das manchas de óleo nas praias da região.
Ciro disse que Bolsonaro jogou fora um plano para conter as manchas:
"Bolsonaro é vingativo. Ele não perdoa nós nordestinos porque perdeu na região. Só isso explica essa canalhice. Na costa brasileira passa muito petróleo, então no governo do Brasil já existia um plano de contingência, já havia uma condição de acompanhamento. Bolsonaro fechou essa condição, jogou esse plano na lata do lixo e não fez absolutamente nada sério. Viajou para fora do país sem ter feito sequer uma visita à região. Bolsonaro é um tragédia para o Brasil", lamentou.
O ex-candidato ainda avaliou o atual governo e fez críticas a Bolsonaro, afirmando que ele está agravando ainda mais a crise que o Brasil vinha enfrentando. "É um desastre completo sem precedentes. Os últimos dez anos foram os piores em matéria de crescimento econômico e geração de empregos".
Em uma entrevista divulgada nessa segunda-feira (21), o governador Camilo Santana (PT) declarou que Ciro Gomes estava errando de estratégia ao atacar o PT. Quando questionado sobre o assunto na entrevista para a Rádio Jornal Caruaru, Ciro esclareceu que Camilo é amigo dele e já conversaram sobre o assunto. "Camilo é um grande governador, um amigo meu. Ele já me falou pessoalmente não o que foi divulgado em manchetes, mas sim a visão dele. Eu discordo dele pelos motivos que já falei", explica.
Ao fim da entrevista, quando questionado sobre disputar as eleições presidenciais em 2022 novamente, Ciro diz ter condições de unir o Brasil novamente: "Só disputarei mais uma vez se entender que é a minha obrigação. Eu fui prefeito, governador. Conheço o Brasil como ninguém e pretendo me manter estudando o assunto. Na minha opinião, tenho condições de unir o Brasil em um projeto que oferece ao povo novamente a confiança no futuro".
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