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Advogado Bendito Bizerril lança livro sobre o Jornal Mutirão
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O jornalista Eliomar de Lima escreve sobre política, economia e assuntos cotidianos na coluna e no Blog que levam seu nome. Responsável por flashes diários na rádio O POVO/CBN e na CBN Cariri.

Advogado Bendito Bizerril lança livro sobre o Jornal Mutirão

Ele foi perseguido pela ditadura militar e atuou como advogado trabalhista fundando sindicatos.
Um livro que resgata uma luta (Foto: Ilustração)
Foto: Ilustração Um livro que resgata uma luta

O advogado Benedito Bizerril, um dos dirigentes do PCdoB do Ceará, lançará nesta quinta-feira, às 19 horas, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, regional do Ceará, o livro "Jornal O Mutirão (1977/1982) - Fragmentos da memória da resistência democrática e popular".

"Será momento de reencontrarmos muitos dos fundadores, participantes e colaboradores do Mutirão, bem como companheiros(as) que tiveram seus nomes registrados nas páginas do jornal, em matérias sobre acontecimentos da política (anistia, constituinte, eleições), das lutas sociais, ambientais, dos direitos humanos, da cultura, arte e esporte", afirma Bizerril.

O Jornal Mutirão atuava como imprensa alternativa, na época da ditadura militar. Circulou nos anos de 1977 a 1982, colocando-se como porta-voz de amplos setores da sociedade e na luta pela redemocratização do País.

O Autor

Benedito Bizerril foi do Banco do Nordeste do Brasil e atuou no movimento dos bancários, sendo militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Já graduado em Direito, sofreu a primeira prisão, durante oito meses, em 1971. Ao sair do cárcere começou a carreira como advogado trabalhista, defendendo milhares de trabalhadores e advogando para inúmeros sindicatos.

Em fevereiro de 1973 foi preso novamente, dentro do próprio BNB, entregue aos agentes da ditadura pelo Diretor Financeiro do banco, o general Murilo Borges. Levado ao quartel do Exército em Fortaleza, foi em seguida para a “Casa dos Horrores”, centro de tortura no município de Maranguape. Ali, foi brutalmente torturado, até ser colocado em liberdade e retomar seu posto no BNB. Logo depois, em abril, foi demitido, em clara perseguição política, e passou a se dedicar exclusivamente à advocacia.

Em 1975 fundou, com vários outros, a Associação dos Advogados Trabalhistas do Ceará – ATRACE, compondo sua primeira diretoria, sendo eleito seu presidente para as gestões de 1996/1997 e 1998/1999. Em 2004, foi homenageado pela Assembleia Legislativa do Ceará, pela ativa participação na resistência democrática contra a ditadura militar. Foi conselheiro da OAB-Ceará na gestão de 2004/2006.

Em 2005, assumiu a direção estadual do Instituto Maurício Grabois, hoje Fundação de Estudos Econômicos, Políticos e Sociais Maurício Grabois. Em 2008 recebeu o título e a medalha “ADVOGADO PADRÃO”, outorgada pela OAB – Seção Ceará, mais importante comenda da Ordem. Atualmente integra, como membro fundador, a Associação Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC).

Foto do Eliomar de Lima

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