O que esperar de um país liderado por alguém que atua seguidamente em promover o conflito entre as instituições democráticas? O caos econômico que enfrentamos hoje é o fruto que estamos colhendo do atual desgoverno.

As mobilizações golpistas para o Dia da Independência, promovidas por Bolsonaro com o apoio da sua base fanática, só nutrem a polarização do país e conspiram para o atraso da nação.

"Ataques à democracia fazem a economia se deteriorar." É o que disse o economista André Lara Resende, um dos criadores do Plano Real, em recente entrevista à Folha de São Paulo. Segundo ele, a verdadeira âncora da inflação é a legitimidade e a credibilidade institucional do governo.

A deterioração da situação econômica do país é resultado da crise política e da sensação de que o governo tem um projeto explicitamente antidemocrático e está disposto ao sacrifício da economia e das instituições para colocá-lo em prática.

Já pipocam pelo país manifestações de empresários e instituições contra esse modus operandi de Bolsonaro para se manter no poder, que segue a mesma cartilha dos líderes da ultradireita de outros países.

A conta dessa desordem já chegou e está sendo paga por todos nós, às custas do desemprego, do triste retorno do Brasil ao mapa da fome, do crescimento da inflação, da imensa desvalorização da nossa moeda, do preço absurdo dos combustíveis, da crise energética, do desmatamento criminoso, das mortes evitáveis da pandemia e muitos outros danos que estão sendo descortinados todos os dias.

Estamos perdendo o bonde do progresso. Enquanto o mundo inteiro foca suas atenções na inovação tecnológica, no Brasil, é como se estivéssemos voltando à idade média.

As notícias que chegam pela imprensa tratam de grupos organizados arrecadando doações para financiar os atos do dia 7, com pautas antidemocráticas terroristas, recheadas de discursos de ódio e ameaças criminosas ao Supremo Tribunal.

Em matéria recente do Uol Notícias, que investigou os grupos bolsonaristas, foram mapeadas pelo menos 9 contas bancárias para doações. Alguém está ganhando com isso. Menos o Brasil.