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A quem interessa a desinformação?
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Eliziane Colares é publicitária e diretora da Advance Comunicação

A quem interessa a desinformação?

Já faz alguns anos que estamos sendo bombardeados o tempo inteiro com informações suspeitas.

São incontáveis vídeos, postagens de sites que se travestem de veículos de comunicação e uma base significativa de pessoas articulados sob a forma de uma teia de multiplicação desses conteúdos em redes sociais e nos grupos de whatsapp.

É absurda a quantidade de perfis e canais de vídeo alimentando o debate político com discurso de ódio e desinformação, inclusive em relação às vacinas e a prevenção da Covid-19.

Não é um movimento inocente. Tem planejamento, estratégia, nenhum escrúpulo e muito financiamento para atender interesses políticos, criando um terreno fértil para oportunistas.

Em pouco tempo, foi construída uma base poderosa para produção de conteúdo em escala, para evangelizar nichos da sociedade com pautas sensíveis a cada um deles, utilizando disparos massivos de fake news segmentadas. .

Esse mesmo modelo foi utilizado nas eleições norte-americanas de 2016, que deram vitória a Donald Trump.

Quem acreditava que um personagem tão tosco e despreparado como ele conquistaria as eleições na maior economia do mundo? O Brasil seguiu o mesmo caminho.

O movimento internacional de ultradireita que já conseguiu desmontar democracias na Hungria e na Polônia, e instaurar uma nova ordem ultraconservadora, tem no governo Bolsonaro um importante aliado.

A visita da deputada Beatriz von Storch, do partido alemão de extrema direita, não foi por acaso. Assim como não são apenas devaneios a série de ações coordenadas para minar o equilíbrio entre os poderes e promover uma intensa agenda de desestabilização no Brasil.

Precisamos estar atentos e apoiar o combate ao avanço de movimentos da extrema direita no Brasil. Caso contrário, continuaremos colhendo o caos: já passamos de 590 mil mortes por Covid e seguimos com uma preocupante média móvel de novos contaminados por dia, além de milhões de desempregados, fome, inflação crescente, PIB negativo, crise energética e inúmeros outros problemas que não serão resolvidos facilmente.

O Brasil precisa virar esse jogo e retomar uma agenda voltada a um futuro promissor, e não ao retrocesso.

 

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