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É hora de construir uma nação
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Eliziane Colares é publicitária e diretora da Advance Comunicação

É hora de construir uma nação

Precisamos virar essa página vergonhosa da nossa história. É momento de resgatar a humanidade. Não queremos Hitlers, nem Ustras. Queremos Gandhis e Luther Kings
Tipo Opinião
Eliziane Colares, publicitária, empresária e sócia da Advance (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Eliziane Colares, publicitária, empresária e sócia da Advance

O primeiro discurso de Lula após vencer as eleições já deu um novo tom. A hora é de colocar em prática um plano sábio do país que queremos. Poderia parecer um sonho impossível conseguir vencer uma onda devastadora de ódio, lowfare, golpes e desumanidade, que dominou milhares de brasileiros e conduziu o país ao grave erro de colocar no poder um líder frio, oportunista, corrupto e incapaz de unir um Brasil tão diverso e cheio de desigualdade.

Retrocedemos 20 anos. Voltamos ao mapa da fome e à desnutrição infantil. Caímos de 6ª economia global para a 13ª. Andamos para trás no Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, ocupando a posição 87ª, ficando atrás atrás de países como Chile (42ª), Argentina (47ª), Uruguai (58ª), Cuba (83ª), Peru (84ª), e México (86ª). Batemos recordes de desmatamento da Amazônia e de violência contra os povos indígenas.

Tivemos um dos piores desempenhos no combate à Covid, com uma estimativa de 500 mil mortes que poderiam ter sido evitadas. Vivenciamos o desmonte de políticas de Estado, redução de investimentos para educação, ciência e várias frentes estratégicas para o desenvolvimento. Escândalos de propinas nas compras de vacinas, barras de ouro em troca de verbas da educação, orçamento secreto e sigilo de 100 anos para barrar investigações.

Precisamos virar essa página vergonhosa da nossa história. É momento de resgatar a humanidade. Não queremos Hitlers, nem Ustras. Queremos Gandhis e Luther Kings. Vamos trocar as armas por livros. Os gritos de ódio pela poesia. As mentiras pela verdade. O desdém com a dor do outro pelo abraço e o afeto. Vamos resgatar a vergonha de não se indignar com as palavras de ódio. Vamos recuperar para todos o verde e amarelo da nossa bandeira, a Ordem, o Progresso e enterrar os desgovernos e as políticas de atraso social.

Mas sem inocência, porque a nuvem pesada das raízes coronelistas e escravagistas não deixarão de existir fácil. Talvez precisaremos de gerações para vencer essa herança maldita. Para isso, vamos fazer valer cada letra da nossa Constituição, enterrar de vez a ditadura e abrir os braços para fazer do Brasil uma verdadeira nação.

 

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