
Eliziane Alencar é publicitária e diretora da Advance Comunicação
Eliziane Alencar é publicitária e diretora da Advance Comunicação
A Câmara dos Deputados acaba de aprovar o Projeto de Lei 3.062/2022, do Deputado Ricardo Izar, que proíbe o teste em animais na produção de cosméticos. O PL foi articulado por uma coalização de organizações como Change.org Brasil, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Proteção Animal Mundial, Fórum Animal, Mercy for Animals, Humane World for Animals, organizações da sociedade civil, instituições técnicas e segmentos da indústria comprometidos com a ciência ética e o progresso. Foram realizadas campanhas de mobilização com apoio de artistas como Xuxa e Maitê Proença, para sensibilizar parlamentares, juntamente com a entrega de mais de 1,6 milhão de assinaturas de uma petição exigindo o fim da testagem em animais.
"Acreditamos que os parlamentares ouviram a voz do povo, que clama pelo fim desta crueldade contra os animais. Segundo o Datafolha, oito em cada dez brasileiros apoiam a proibição de venda de cosméticos testados em animais. É hora de mudar", afirma Monica Souza, diretora da Change.org Brasil. O projeto aguarda sanção do presidente da República para se tornar lei no país e consolidar mais um avanço ético nos direitos dos animais.
O curta de animação "Salve o Ralph" aborda a crueldade dos testes em animais, utilizando um coelho como protagonista para sensibilizar o público sobre o sofrimento causado pela experimentação em animais na indústria cosmética e farmacêutica. O filme, criado pela Humane Society International, retrata a rotina de Ralph, um coelho cobaia, que denuncia de forma comovente a tortura imposta aos animais nos laboratórios.
Em 2013, o Brasil se comoveu com a ação de ativistas que salvaram 178 cães beagles, além de roedores e coelhos, que eram submetidos a testes de laboratórios no Instituto Royal. O caso rendeu repercussão nacional e debates sobre o uso de animais em pesquisas e provocou o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONSEA) a publicar duas resoluções normativas oficializando no Brasil métodos alternativos ao uso de animais em pesquisas, já validados internacionalmente há muito tempo.
Um chip é capaz de reproduzir estruturas do corpo humano com funcionamento de órgãos artificiais similares aos de um organismo vivo e com resultados muito melhores do que os modelos pré-clínicos que envolvem animais, pois além de possibilitar avaliar o efeito de medicamentos, permite estudar a interação entre os diferentes órgãos. Precisamos que mais estudantes, pesquisadores e a sociedade provoquem empresas e instituições a se modernizarem utilizando métodos mais tecnológicos, humanos e éticos.
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