
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
Professor adjunto de Teoria Política (Uece/Facedi), professor permanente do programa pós-graduação em Políticas Públicas (Uece) e professor permanente do programa de pós-graduação em Sociologia (Uece)
Muitas são as movimentações da oposição cearense com vistas à eleição de 2026. Afagos entre grupos até ontem rivais, desfiliação e filiação partidária de quadros outrora tidos como inimigos deram a tônica das últimas semanas. A seu modo, PL, União e PDT vão movimentando-se e, de café em café, buscando passar a imagem de um bloco unido e uníssono, escamoteando as frações internas e seus interesses.
Nesse sentido é que se pode ler o mais novo fato advindo dos quadros da oposição: o lançamento, lá por cima, da candidatura da vereadora Priscila Costa ao Senado Federal. Digo por cima por terem sido Michelle Bolsonaro e Valdemar Costa Neto os anunciadores da boa nova senatorial, lançando, assim, uma disputa no interior da oposição e do próprio PL, que já havia lançado, também por cima (com a voz de Bolsonaro), o nome do deputado Alcides Fernandes, pai de André, a uma das vagas em disputa e, nas palavras do próprio André, deixando as outras vagas governo, vice e senador/a à disposição do arco de aliança a se formar. O PL, aqui por baixo, seguia contemplando os interesses dos líderes.
Priscila entrou na disputa com dois padrinhos de peso: a estrela feminina maior e o dono dos fundos partidário e eleitoral. Há algumas semanas, ante as movimentações de André e seu grupo por aqui, esteve em Brasília para lançamento de seu livro, reunindo grande parte do séquito conservador em torno de si, especialmente as mulheres conservadoras.
A vereadora já deu mostras do quanto é crescentemente boa de votos: saltou de pouco mais de 4 para quase 36 mil votos em três eleições municipais (sem falar nas nacionais que disputou). Não poderia deixar de pôr seu capital político no centro das decisões/negociações em torno da chapa majoritária, que se crê, a preço de hoje, competitiva.
Duas postagens em suas redes indicam que está decidida a brigar por sua indicação: numa delas, se diz honrada com a confiança de Michelle e Valdemar pela indicação; na outra, com Michelle a segurar o mapa do DF, apresenta-se segurando o do Ceará. Tudo em muito rosa, cor feminina no imaginário conservador.
Priscila entrou na disputa. De atuação aguerrida nas redes e no Parlamento, mulher, evangélica (sobrinha do presidente das Assembleias de Deus).
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