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Novo secretário da Segurança é gaúcho com cidadania cearense e prendeu secretários de PT e PDT
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Novo secretário da Segurança é gaúcho com cidadania cearense e prendeu secretários de PT e PDT

Ele já comandou o DIP, poderosa diretoria nacional de inteligência na PF, onde conduziu uma polêmica operação. No Rio Grande do Sul, prendeu secretário de governos de PT e PDT
Tipo Análise
Sandro Caron recebeu, em fevereiro de 2016, título de cidadão do Ceará. Proposto pelo então presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque, e sancionado pelo governador Camilo Santana (Foto: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ)
Foto: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ Sandro Caron recebeu, em fevereiro de 2016, título de cidadão do Ceará. Proposto pelo então presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque, e sancionado pelo governador Camilo Santana

Novo secretário da Segurança Pública do Ceará, Sandro Luciano Caron de Moraes é gaúcho de Porto Alegre, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e passou em concurso para delegado da Polícia Federal em 1999. É o quarto delegado da Polícia Federal em sequência a comandar a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Foi antecedido por Servilho Paiva, Delci Teixeira e André Costa. A posse será próxima semana.

Sandro Caron, 45 anos, conhece bem o Nordeste, em particular o Ceará. Com dez anos na carreira, tornou-se delegado regional executivo da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, em 2009. Chegou ao Ceará em 2011, para assumir a superintendência da Polícia Federal no Estado. Ficou no cargo até abril de 2013.

Isso significa que Caron comandava a PF no Ceará na época que a Polícia Militar parou, na virada de 2011 para 2012. A partir dali, ele acompanhou de perto o agravamento da situação da segurança pública no governo Cid Gomes, com disparada dos homicídios agravada a partir de 2012. A situação só começaria a se estabilizar em 2014, quando Caron já tinha deixado o Ceará para assumir a Superintendência da PF no Rio Grande do Sul.

Em abril de 2015, ele assumiu a Divisão de Inteligência (DIP) da Polícia Federal, em Brasília. No começo de 2017, foi nomeado por três anos adido policial federal na embaixada do Brasil em Lisboa.

Cidadão cearense

Quando estava em Brasília e já longe do Ceará havia alguns anos, Caron recebeu título de cidadão cearense, proposto pelo deputado estadual e hoje secretário das Cidades - portanto seu colega de governo - Zezinho Albuquerque (PDT).

Operação em governo do PT

No primeiro mês como superintendente no Rio Grande do Sul, em abril de 2013, a PF realizou operação contra esquema de liberações ilegais de licenças ambientais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Na ocasião, foi preso o secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Carlos Niedersberg. Na época, o governador era Tarso Genro, do PT, mesmo partido de Camilo Santana. Também foi preso o secretário municipal da área em Porto Alegre, Luiz Fernando Záchia, na gestão José Fortunati, na época do PDT - maior partido do consórcio governista no Ceará.

Terrorismo nas Olimpíadas

Caron era diretor da Inteligência da PF na época das Olimpíadas e foi um dos responsáveis pela controversa Operação Hashtag. Em 21 de julho de 2016, foram presos suspeitos de planejar atos terroristas nas Olimpíadas. A operação foi alvo de críticas de que teria feito barulho demais com base em mensagens em redes sociais, sem evidências sólidas de que haveria mesmo um plano de ataque contra os Jogos Olímpicos.

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