Numa cidade que adora carreata, esse tipo de campanha ganha impulso com pandemia
Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Considero carreata um dos tipos mais nocivos possíveis de campanha eleitoral. Pintura em muro, já banida, causa poluição visual. Os carros de som provocam poluição sonora. Mas, carreata é pior. Até porque tem muitos carros de som. Provoca congestionamento. Polui o ar. Faz um barulho danado. É a última demonstração que deveria partir de quem quer ser prefeito de uma cidade. Mas, os candidatos em Fortaleza adoram.
Não sei a última vez que prefeito ou prefeita se elegeu sem fazer carreata. Talvez tenha sido Acrísio Moreira da Rocha, que ficou famoso pelas "passeatas das carroças". Basicamente, serve como demonstração de força, de apoio. Se forem carrões, tanto melhor. Tem um quê de arrogância.
Este ano, com a pandemia e restrições ao isolamento, será a união da fome com a vontade de comer. A turma já acha bom fazer carreata mesmo, ainda mais com motivo.
Nos últimos dias de campanha, as carreatas tomam a cidade.
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