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Capitão Wagner enfrentará antagonismo redobrado de Camilo, e mais que isso
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Capitão Wagner enfrentará antagonismo redobrado de Camilo, e mais que isso

Tipo Análise

Capitão Wagner (Pros) teve desempenho considerável. A votação cresceu na comparação com o primeiro turno de 2016, tanto em números absolutos (26.001 votos a mais) quanto proporcionalmente (2,17 pontos percentuais). Teve uma campanha bem feita, com estratégia quase sempre bem traçada.

O desafio que tem pela frente, entretanto, é bastante complicado. Tem a seu favor o fato de que o tempo de horário eleitoral no rádio e na televisão agora será igual. Não haverá mais a enorme disparidade entre ele e José Sarto (PDT). Tudo o mais joga contra o Capitão.

Enfrentará uma máquina política poderosa, com mais recursos, estruturas. O governador Camilo Santana (PT) entrará de cabeça na campanha, provavelmente ainda hoje. Não terá as amarras do primeiro turno, em função da candidatura de Luizianne Lins (PT). Camilo é a grande novidade da campanha de Sarto e seu antagonismo com Wagner tende a se aprofundar.

As simulações de segundo turno, as tendências de migrações de voto tendem a jogar contra ele. Para complicar, este segundo turno é mais curto, em função da pandemia. Caso Wagner tivesse ido para o segundo turno na frente, já seria muito difícil para ele. Indo atrás, o caminho a percorrer se torna mais íngreme.

Ocorre que Wagner tem o trunfo que o sustenta desde que começou na política: a militância mais engajada e organizada da política de Fortaleza hoje. Essa base não assistirá passivamente a uma derrota. Até porque a eventual eleição de Sarto terá um custo político considerável para o Capitão.

Wagner tem militância que o PDT não possui em Fortaleza, Tem, entretanto, no Interior. Wagner assistiu a esse filme na coligação petista, em 2012. Sem eleições para ocupá-los nos demais municípios, exceto Caucaia, a base dos Ferreira Gomes voltará a invadir Fortaleza. Será um duelo de militâncias que fará a Cidade ferver no segundo turno.

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