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O pior lugar do mundo hoje é aqui
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

O pior lugar do mundo hoje é aqui

A tragédia do Brasil não é a mesma do resto do mundo e também não é a mesma que vivemos ano passado: é pior
Tipo Opinião
Desastre das Torres Gêmeas não teve contagem de mortes tão alta quanto o Brasil chega a contabilizar em um dia de pandemia (Foto: Seth McCallister/AFP)
Foto: Seth McCallister/AFP Desastre das Torres Gêmeas não teve contagem de mortes tão alta quanto o Brasil chega a contabilizar em um dia de pandemia

O Brasil contabilizou ontem 3.829 mortes cuja confirmação ocorreu no intervalo de 24 horas. Na véspera, haviam sido 4.195. Alguém pode pensar: olha, estamos melhorando. Esse é o perigo do momento em que estamos. Deparamo-nos com absurdos, descalabros e começarmos a chamar normalidade, melhora, avanço.

De acordo com dados da plataforma Worldmeters, que reúne estatísticas da pandemia pelo mundo a partir dos números dos governos, o Brasil teve, na terça-feira, aproximadamente 40% das mortes por Covid-19 no planeta. O País tem cerca de 2,7% da população no mundo. Teve 40% das mortes. Entende o tamanho do descalabro? E o quanto é uma tragédia nossa?

Vivemos uma calamidade. Não é a mesma calamidade que abrange o mundo todo. Não é a mesma tragédia que enfrentamos há mais de um ano. O patamar da mortandade causada pela Covid-19 não é o mesmo de 2020. Você não percebe isso no seu entorno? Entre seus conhecidos, na sua família? Nossa catástrofe mudou, ficou maior, mas o Brasil segue numa tentativa de normalidade. Pressiona-se pela normalidade, como se fosse possível nesse tempo.

Nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, morreram 2.996 pessoas. Nos últimos dois dias houve número de mortes maior que esse. Na semana passada, em três dias o número de mortes foi maior.

O que aconteceria com o governo de um país no qual ocorressem cinco onzes de setembro no intervalo de dez dias?

"Debates do Povo" em novo horário

Nova programação, com mais serviço e análises, será lançada na próxima segunda, 12 de abril, na Rádio O POVO CBN. Uma das novidades será a mudança de horário do programa "Debates do POVO", um dos mais importantes da história do rádio cearense, espaço privilegiado das grandes discussões. O programa passa a ser das 16 às 17 horas, de segunda a sexta-feira. Comandado pelo jornalista Marcos Tardin, o programa é transmitido na O POVO CBN (AM 1010 e FM 95,5) e na CBN Cariri (FM 93,5).

O "Debates do POVO" reforçará a pluralidade de análises, promovendo a discussão e o confronto de ideias, sempre tão característicos do O POVO. O "Debates" é um patrimônio do Estado, com mais de 35 anos de história, reforça Marcos Tardin.

"Valorizamos, acima de tudo, o bom debate, os pontos de vista divergentes defendidos à base de argumentos inteligentes, claros e firmes. Mas também valorizamos as entrevistas aprofundadas, as reflexões provocadoras, as exposições de ideias sem histrionismo. Tudo isso das 16h às 17 horas, a partir da próxima segunda-feira. E já agendamos ótimas conversas para a semana de estreia no novo horário. Sempre com muitas participações dos ouvintes. A novidade é que agora o nosso encontro será no fim da tarde. Até lá!", convida o âncora do programa.

Tardin cita que, nestes tempos de pandemia, o "Debates" tem recebido rotineiramente grandes nomes da política, da economia e da cultura, como Luiz Henrique Mandetta, Padre Júlio Lancellotti, Fernando Haddad, Luiza Trajano, Chieko Aoki, Roberto Requião, Kim Kataguiri, Guilherme Boulos, Janaína Paschoal, Eduardo Suplicy, Ladislau Dowbor, José Dirceu, Jessé Souza, Lola Aronovich, Francisco Bosco, Fagner, Jairo Nicolau, Esther Solano, deputados federais (de Daniel Silveira a José Nobre Guimarães), senadores (como Luiz Eduardo Girão, Randolfe Rodrigues), entre outros intelectuais e personagens do debate público, local e nacional.

Pitacos

No quadro "Política" do programa "O POVO no Rádio", eu comento de segunda a sexta-feira as notícias da política e o impacto dos jogos de poder na vida real. O programa passa a ser apresentado de segunda a sábado, das 9 às 11 horas.

Ouça o podcast Jogo Político:

 

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