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A popularidade dos pré-candidatos e o peso dos aliados na escolha do PDT
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

A popularidade dos pré-candidatos e o peso dos aliados na escolha do PDT

Ciro Gomes apontou popularidade como critério central na definição
Tipo Opinião
 CIRO levou números da pesquisa 
aos pré-candidatos (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA  CIRO levou números da pesquisa aos pré-candidatos

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Ciro Gomes (PDT) realizou ontem, em Fortaleza, um encontro para impulsionar a candidatura presidencial na região Nordeste. Porém, não chega a ser surpresa, o encontro teve importância ainda maior para a política do Ceará. Pelos nomes que envolveu, pelos simbolismos, pelo que foi dito e pelo que não foi. De mais concreto, a afirmação de Ciro de que o candidato ou a candidata será quem tiver mais apoio popular. “Ali na primeira quinzena de julho nós vamos apurar a opinião pública e ver.” Em bom português, dentro de mais ou menos um mês, farão uma pesquisa e verão, dos três, quem está na frente. Pode haver outros critérios de aferição, mas dificilmente não passará por pesquisa. E daí sairá o nome. Simples assim? É o que ele diz.

Quem é mais popular?

Há quase um ano, o senador Cid Gomes (PDT) deu a sinalização sobre quem largava na frente. “O melhor nome do PDT nesse momento, o mais popular, o que aparece com mais chances nas pesquisas eleitorais, é o do ex-prefeito de Fortaleza”, afirmou na época em entrevista à FM Assembleia. Isso, claro, naquela ocasião. Para quem observa a política, é improvável que alguém tenha hoje percentual maior que o dele. Foi oito anos prefeito de Fortaleza, saiu bem avaliado. Isso o projeta inclusive no Interior, embora até certo limite. Entretanto, àquela altura, Izolda Cela (PDT) não era governadora. Ela tem dois meses e meio no cargo, até lá terá mais um. Com inaugurações a fazer, eventos a participar. O quanto isso poderá influenciar o cenário é algo a ser avaliado, se for mesmo essa a forma de decisão.

O peso das alianças

Ciro Gomes disse que quem for escolhido, ou escolhida, será o nome apresentado aos aliados. “Nós vamos ver qual foi aquele, entre os mais qualificados — que são esses quatro —, melhor foi aceito pela população e esse será indicado aos colegas aliados." Em fevereiro, Cid afirmou que os critérios seriam pesquisa, mas também a aceitação dos aliados. A questão é como se dará esse processo. E em que momento entra Camilo Santana (PT).

O PDT irá definir um nome e depois ouvir os aliados. E se não gostarem? O PDT volta a discutir internamente e propõe outro?

Isso não vai acontecer porque, no momento em que alguém for apontado, a maioria dos aliados não irá questionar a escolha dos Ferreira Gomes. Salvo o PT, talvez nenhum tenha peito de fazer isso publicamente.

Caso Camilo só entre na discussão nesse segundo momento, realmente será bem limitado o alcance da influência daquele que era governador até dois meses e meio atrás.

De quem parte um eventual rompimento

Ciro insistiu e repetiu que a escolha do candidato está pactuada e apalavrada com os aliados sobre como ocorrerá. Afirmou que não haverá da parte dele punhalada pelas costas ou deslealdade. E fez questão de falar que não haverá "já ganhou" ou "salto alto". Diante da cobrança do PT, a postura foi de dizer que é o aliado, e não o PDT, quem pode descumprir o acordado. São jogos para estabelecer a versão dos fatos.

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