Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Um dos pilares da legislação eleitoral brasileira é a restrição ao uso da máquina perto da eleição. Já comentei que, a partir de sábado, qualquer um que pretende ser candidato — a governadora Izolda Cela (PDT), por exemplo — não poderá ir a inaugurações. Tais eventos não poderão mais ter atrações musicais e não poderão haver transferências de recursos a estados e municípios, com exceção daquilo obrigatório por lei ou do que já está previsto em cronograma prévio. Mas, não pode haver negociação de novos recursos. Também há restrição a nomeações de aprovados em concursos e a exonerações. Pois bem, tramita no Senado uma proposta de emenda à Constituição para decretar situação de emergência no Brasil por causa do aumento dos combustíveis. O objetivo? Permitir ao governo Jair Bolsonaro (PL) realizar gastos que seriam proibidos por lei. Um escândalo. Serão possíveis, por exemplo, conceder voucher de R$ 1 mil a caminhoneiros para pagar o diesel, aumentar auxílio-gás e Auxílio Brasil. Poucas vezes se viu medida tão escancaradamente eleitoreira.
O principal recado da medida é: o bolsonarismo tem um enorme apego ao poder e não aceitará uma eventual derrota sem usar todos os instrumentos de que dispuser para influenciar o resultado.
O jeito Bolsonaro de lidar com a corrupção
"Tem casos isolados que pipocam”, disse o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a corrupção no governo dele. “A gente busca solução pra isso”, disse em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Atualmente, está sendo investigado se a solução que o presidente arranja para alguns desses casos é vazar informações sigilosas para aliado investigado.
De todo modo, há uma inflexão. Os recentes acontecimentos não permitem mais dizer que não há corrupção. Há e não é pouca.
Parlamentares cearenses apontam quem consideram os mais influentes entre eles
O Anuário do Ceará 2022-2023 traz a nova edição da tradicional pesquisa de influência entre os parlamentares do Estado. A escolha é feita entre os próprios vereadores, deputados e senadores. Cada um indica os três que considera mais influentes na casa legislativa em que atua. O voto é secreto e não é permitido o voto em si próprio nem em quem está de licença. Eu mesmo, quando repórter do Anuário, nos anos 2000, fui responsável por abordar os políticos para colher os votos. Agora, o processo é feito com uso da tecnologia.
O que raramente muda é o peso de determinadas funções nas casas. Na Assembleia Legislativa, com folgada maioria, é apontado como mais influente o presidente Evandro Leitão (PDT), com 27 votos. A seguir, vem o líder governista Júlio César Filho (PT), com 17 votos, seguido da deputada Augusta Brito (PT), com 8 indicações.
Na Câmara Municipal de Fortaleza, há empate entre o presidente, Antônio Henrique (PDT), e o líder do prefeito José Sarto (PDT), Gardel Rolim (PDT), ambos com 12 votos. No Legislativo municipal, a propósito, as indicações são muito parelhas. Dividem a segunda colocação Adail Júnior (PDT) e Léo Couto (PSB), com 10 votos. Lúcio Bruno (PDT), com 8 menções, é o terceiro.
No Congresso Nacional, prevalece o histórico. Dividem a posição de mais influentes os senadores Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB), com 11 votos cada. André Figueiredo (PDT) aparece em seguida, com 6 indicações. E Domingos Neto, o terceiro, foi citado por 4 dos colegas.
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