Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
O PDT reunirá o diretório, possivelmente em 18 de julho. É a provável data para que se defina a interrogação que atravessa a política cearense desde o início do ano, sobre quem será o candidato ou a candidata ao Governo do Estado. São 11 dias até lá. Hoje, parece improvável que a escolha não seja por Roberto Cláudio. Na pesquisa que o partido contratou, ele está tecnicamente empatado com Capitão Wagner (União Brasil), separados por quatro pontos. A governadora Izolda Cela fica atrás 22 pontos percentuais. Os números são da Quaest e foram divulgados com exclusividade pelo colega Carlos Mazza, na coluna dele no O POVO+.
O resultado é melhor para Roberto Cláudio e pior para Izolda do que o da pesquisa Real Time Big Data, contratada pela Record TV e realizada em junho. Naquele levantamento, RC tinha cinco pontos de desvantagem para Wagner e Izolda, 15.
Aliados da governadora, como fez a própria Izolda na semana passada, minimizam a pesquisa. Apontam o tempo que falta até a eleição. Na medida em que o PDT decidiu contratar uma pesquisa, pagou por ela R$ 154,5 mil e resolveu torná-la pública, será estranho caso opte por alguém que não o líder desse levantamento. Por mais que se possa discutir a pertinência de uma decisão política tão importante tomada desse jeito.
Por outro lado, há o fator alianças. Comentei aqui ontem que uma escolha que não a de Izolda pode provocar a dissidência de MDB, Progressistas e PT. São os três maiores tempos de rádio e televisão da base governista, ao lado do PSD — que também pode ficar de fora se não tiver o vice. A candidatura governista resiste assim?
A competitividade de cada um
Defensores da candidatura de Roberto Cláudio a governador argumentam que é preciso lançar o nome que larga na frente por ser o mais competitivo para ganhar a eleição. Entendem se tratar de uma disputa muito acirrada e não se pode abrir mão de quem é mais forte. E apontam que os defensores de Izolda entendem que um nome menos forte poderia sair vitorioso, como se considerassem a eleição já ganha.
Adeptos da candidatura de Izolda rebatem essa tese. Argumentam que ela teria, segundo entendem, potencial maior para crescer, menor rejeição, além da força por estar no cargo. Mas, sobretudo, questionam: é possível vencer sem a aliança mais sólida possível? Mais que isso: como fica a candidatura governista sem o engajamento convicto de Camilo Santana (PT), hoje o mais popular político do Estado?
Em resumo, duas perguntas: os governistas conseguem bater Capitão Wagner sem lançar seu nome mais forte e mais popular? E são capazes de ser vitoriosos se a aliança tiver muitas dissidências importantes?
Roberto Cláudio está perto de ser candidato, mas tem pela frente enorme trabalho de convencimento de alguns dos aliados mais resistentes. A começar pelo PT. Com Camilo Santana na frente nessa fila.
A grande questão hoje no PDT é como lidar com as sequelas de uma decisão que parece já tomada.
Desempenho de Ciro
Um dos dados mais emblemáticos dos números é o desempenho de Ciro Gomes no próprio Estado, na pesquisa contratada pelo próprio partido: ele tem 11% das intenções de voto. Lula (PT) tem 59%. Jair Bolsonaro (PL), 18%.
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