Ipec mostra cenário diferente sobre eleição no Ceará
Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Ipec mostra cenário diferente sobre eleição no Ceará
Esteja esta pesquisa correta ou não, ela serve para a campanha tentar animar os apoiadores, conseguir adesões ou ao menos tentar segurar possíveis dissidentes
A pesquisa Ipec, espécie de sucessor do Ibope, é alentadora para a candidatura de Roberto Cláudio (PDT) a governador do Ceará. Outras pesquisas, como a do Ipespe, apontavam o pedetista distante do líder Capitão Wagner (União Brasil) e ameaçado por Elmano Freitas (PT), que saiu de trás, mas já empatava tecnicamente com ele. No Ipec, é Roberto Cláudio quem empata tecnicamente com Wagner. O Capitão aparece abaixo do patamar de outros institutos. Elmano, no momento e nesta pesquisa, não ameaça a dupla.
O momento em que saem os números do Ipec é importante para Roberto Cláudio. Diante das pesquisas até aqui, da perda de apoios e prefeitos que migraram para o lado de Elmano, havia sinais de abatimento da campanha pedetista. Esteja esta pesquisa correta ou não, ela serve para a campanha tentar animar os apoiadores, conseguir adesões ou ao menos tentar segurar possíveis dissidentes.
Os adversários, por outro lado, ficam pressionados. Em outros institutos, Elmano já aparece na briga muito direta pelo lugar no segundo turno. No Ipec, isso não acontece. O instituto mostra, hoje, um cenário de segundo turno mais definido, com o petista ainda distante da briga direta. Capitão Wagner também não demonstra, nesta pesquisa, estar com posição tão consolidada. Em síntese: é ruim para Wagner, ruim para Elmano e muito boa para Roberto Cláudio, diante do que estava posto.
O rumo da eleição
Não há movimentos a analisar na pesquisa Ipec. É a primeira pesquisa do instituto nesta eleição no Estado. Não dá para saber quem subiu, quem caiu, quem ficou onde estava. Porém, o fato de o empate técnico ser entre Roberto Cláudio e Wagner — que vem acima do pedetista — e não entre RC e Elmano, que está abaixo, é uma sinalização muito positiva para o ex-prefeito de Fortaleza. A distância que mantém para o petista é outro fator que destoa de outras pesquisas recentes.
Uma pesquisa é pouco para tirar muitas conclusões, mas o Ipec mostra uma direção que destoa do que indicavam outros institutos. Sinaliza que a lógica da eleição apontada por outros levantamentos pode não ser tão absoluta. Indicava-se Wagner muito provavelmente no segundo turno, Elmano numa caminhada célere rumo à segunda vaga e Roberto Cláudio com uma candidatura em crise. O Ipec mostra que algo diferente pode estar acontecendo. Pesquisas futuras mostrarão o que pode ser, e o que talvez não seja.
Em cenários tão complexos e divergentes, uma ou mesmo duas pesquisas de uma série são pouco para perceber tendências. A análise demanda calma, frieza e cautela na observação dos movimentos que as pesquisas indicarem.
Segundo turno nacional
Nova pesquisa Datafolha para presidente da República mostra que, se o cenário de definição em segundo turno era incerto, ele agora passa a ser muito improvável. Candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e, sobretudo, Simone Tebet (MDB) demonstram evolução. Não a ponto de entrar no jogo, mas suficientes para impedir definição no primeiro turno, que já era improvável.
Horror
A arma apontada e a tentativa de disparo contra a cabeça da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, é uma imagem assustadora, numa época em que o medo da violência política é crescente no continente.
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