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O que Elmano sinaliza com as primeiras escolhas
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

O que Elmano sinaliza com as primeiras escolhas

A poucos dias da posse, governador eleito ainda tem muita gente a indicar, mas primeiros nomes oferecem sinais relevantes
Tipo Opinião
Elmano de Freitas, entre Camilo Santana e Jade Romero (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Elmano de Freitas, entre Camilo Santana e Jade Romero

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O governador eleito Elmano de Freitas (PT) indicou até agora 11 secretários. Falta mais da metade da equipe. Porém, já se tem um pedaço importante da gestão: o comando da área econômica e as três pastas que mais afetam a vida da população: Educação, Saúde e Segurança Pública. São poucos, mas importantes secretários já anunciados. A equipe já conhecida oferece algumas conclusões.

Técnicos da era Camilo ascendem

Talvez o traço mais marcante da parcela já anunciada do secretariado seja a opção por nomes que foram ou são do segundo escalão dos governos de Camilo Santana (PT) e Izolda Cela (sem partido). São nomes que conhecem a máquina e têm qualificação na área. Como já são testados em funções importantes na gestão, hão de ter demonstrado qualidade para terem sido escolhidos. Por serem nomes de bastidor até aqui, o anúncio deles não tem impacto político ou social. Aliás, uma atribuição nova que eles terão como secretários e no comando das pastas, diferentemente de quando eram secretários executivos: terão de mostrar traquejo político. Não se faz administração pública só com conhecimento técnico.

Cotas políticas

Dos nomes já anunciados, até agora há pouca influência partidária. O nome mais político é do Psol — Adelita Monteiro, que retirou a candidatura a governadora para apoiar Elmano e concorreu, sem sucesso, a deputada federal. Há também os parentes: Onélia Santana, esposa de Camilo, e Luísa Cela, filha de Izolda.

Chama atenção a pouca presença de políticos a se considerar o peso da aliança formada para eleger Elmano. Ele precisa atender ao deputado federal eleito Eunício Oliveira (MDB), ao deputado estadual Zezinho Albuquerque (Progressistas), ao ex-deputado Chiquinho Feitosa, que botou fogo no PSDB cearense, além da composição com o PDT. Tem ainda PCdoB, PSB e tantos mais. Essa parte partidária sem dúvida vai chegar.

O fato de o Psol ser até agora o único partido contemplado sinaliza que as conversas com as demais forças não devem estar das mais serenas.

Gênero

É cedo para elogiar ou criticar, mas, até o momento, Elmano cumpre a promessa de paridade entre homens e mulheres na equipe: seis mulheres e cinco homens até aqui. Sem grandes dificuldades aparentes, sem que haja qualquer nome forçado.

A parte de Elmano

Nos nomes já divulgados, ainda não se percebe quem é o time de Elmano, aqueles nomes mais próximos ao governador. Há muitos egressos da equipe de Camilo e Izolda. Naturalmente, os elmanistas deverão estar na chefia de gabinete. Talvez na Casa Civil. A "cota pessoal" do governador costuma se fazer presente também no cofre e na área jurídica. Não é o caso da Fazenda e da Procuradoria Geral do Estado.

O desafio

Elmano prometia continuidade, mas eu não sabia que seria tanta. Ele terá o desafio de apresentar novidade, inovação. O governo que está sendo concluído tem alta aprovação, mas fazer apenas mais do mesmo não enche barriga de governante nenhum.

 

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