Marcos do Val e o que bolsonarismo faz melhor: baldear
Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
São muitas as teorias sobre o que pretendia o senador Marcos do Val (Podemos) ao contar a estranha história da trama de um golpe: seria uma tentativa de evitar a prisão iminente decorrente de materiais apreendidos em operações contra ações golpistas; teria objetivo de instalar uma CPI e voltá-la contra o governo Lula; ou a intenção seria envolver Alexandre de Moraes e levar ao impedimento dele de ser relator do inquérito dos atos antidemocráticos. Francamente, eu não sei, nem vou me dar o trabalho de tentar entender a atarantada cabecinha dessa gente. Evidente é: Do Val mentiu e segue mentindo. Dá versões diversas e disparatadas. Outra constatação: Tudo é uma enorme trapalhada. E, fundamentalmente: o golpismo permeia o imaginário e as ações desse pessoal.
Do Val ainda age como alguém muito inteligente e estratégico. É um trapalhão e alguém com evidente dificuldade de juntar as ideias. Falou que as versões contraditórias têm objetivo de “ludibriar o inimigo”. O senador afirmou que age com estratégia. “Estou deixando todo mundo tonto”. Uma graça. O tonto é ele.
O senador expôs a essência do bolsonarismo em vários aspectos. Mente, planeja golpe. E, afinal, bagunça, tumultua. O sumo do que foi o governo Jair Bolsonaro (PL). O bolsonarismo não precisa do poder para executar seu “plano de governo” de promover o caos, a balbúrdia, a desordem. tem sido bem-sucedido nisso: algazarra.
O senador acha que isso está tudo bem. Pode sair contando mentiras e inventando histórias a respeito de tramoias, golpes, gravar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), impedir posse de governo constituído. O que ele fez é absurdo, inaceitável e atenta contra a democracia, de novo. Essa gente não tem compromisso algum com o País, só consigo mesmo.
O Brasil tem sido feito de bobo por uma gente de poucas inteligência, decência, honestidade e espírito público. Uns moleques confortavelmente acomodados na lata de lixo da história.
O tour de Sarto em Brasília
O prefeito José Sarto (PDT) e o vice, Élcio Batista (PSB), fizeram périplo por Brasília na quinta-feira e na sexta. Foi à posse de André Figueiredo na presidência do PDT e aproveitou para ir a ministérios e se reunir com congressistas cearenses. Chamou atenção uma das imagens, ao lado do senador Luis Eduardo Girão (Podemos), a voz da oposição cearense, em todos os níveis, que mais apareceu nesta semana. O prefeito buscar a bancada estadual independentemente da posição política, em busca de benefícios para o município, é absolutamente do jogo da política. Não é anormal. Chamou-me mais atenção fotos que Sarto não postou.
Dos senadores em exercício pelo Ceará, ele também aparece com Augusta Brito (PT). Não esteve apenas com Cid Gomes (PDT), justamente o senador do partido dele.
A postagem de Sarto com Girão, aliás, foi alvo de deboche de petistas, a começar pelo irmão de Cid, o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT). Ele comentou a publicação do prefeito da Capital no Instagram com o comentário: “Super influente”, ironizando. A vereadora Enfermeira Ana Paula, também pedetista, respondeu: “Adoroo quando o Sarto mostra sua influência”, e acrescentou emojis de gargalhadas.
No Twitter, o vereador Julio Brizzi comentou: “Minha nossa!!”, e colocou emoji com lágrima escorrendo. Brizzi, ao lado de Ana Paula, compõe a fatia da bancada pedetista arredia a Sarto. O clima no partido, aliás, segue uma delícia. Figueiredo, agora ocupado com as tarefas nacionais, segue com problemas no quintal.
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