Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
A formalização do diretório do PDT em Fortaleza, em convenção neste sábado, é parte dos preparativos do partido para o cenário de divisão que se instaurou desde o ano passado. Uma preparação para novos confrontos. Atualmente, há uma comissão provisória. Pode ser destituída numa canetada da cúpula. Roberto Cláudio está na presidência nessa condição há anos. Nunca se mudou para poupar o trabalho. Não havia necessidade. Agora, no cenário de divisão, rasteiras e puxadas de tapete são perspectiva real.
No fim de fevereiro, na entrevista ao podcast As Cunhãs, Cid deu a dica: “O diretório do PDT Fortaleza não existe, é uma comissão provisória. Ou seja, cinco ou sete pessoas resolvem, se não mudar até lá, quem é o candidato a prefeito de Fortaleza”. É isso que se pretende evitar.
O grupo de Roberto Cláudio e do prefeito José Sarto, com a convenção de hoje, pretende assegurar que não perderá o controle da sucessão do ano que vem na Capital, para a qual o gestor já se colocou como candidato à reeleição.
Ou seja: o temor de rasteira existe.
Bolsonaro enrolado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal marque o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. O depoimento deverá ocorrer dentro de dez dias.
Bolsonaro prestou depoimento na semana passada sobre a tentativa de entrada ilegal no Brasil de joias supostamente dadas de presente pelo regime da Arábia Saudita a ele e à então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afunila-se a ação que pode tornar Bolsonaro inelegível, por fazer reunião com embaixadores para colocar em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.
O caso das joias
O depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal sobre o caso das joias vazou ontem. Ele admitiu que tratou diretamente com o então chefe da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes, para liberar os itens.
Tudo no caso é muito estranho. As joias foram apreendidas quando integrante da comitiva do então ministro Bento Albuquerque tentava entrar no Brasil com elas e sem declará-las. Isso ocorreu em outubro de 2021. Bolsonaro disse que só ficou sabendo disso por volta de novembro de 2022. Ora, quer dizer que presentes de um governo estrangeiro ao presidente são apreendidos quando se tentava entrar ilegalmente com eles no País e ninguém conta para o governante? Demorou-se mais de um ano? Era uma baderna mesmo.
Lembrando sempre: as joias poderiam entrar no Brasil sem pagar imposto. Bastava irem para o acervo público. Bolsonaro não podia era embolsá-las.
Só os últimos?
Um dos trechos do depoimento de Bolsonaro à PF sobre as joias diz: “Que, em razão do tumulto que foram seus últimos dias de governo, sequer teve cabeça para se preocupar com o assunto em questão”. Válida a autocrítica sobre os dias finais. Deveria ampliar o período.
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