Logo O POVO+
Posse de Zanin garante hegemonia do PT no STF por ao menos mais 6 anos; veja correlação
Foto de Érico Firmo
clique para exibir bio do colunista

Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Posse de Zanin garante hegemonia do PT no STF por ao menos mais 6 anos; veja correlação

Petistas indicaram maioria dos ministros do Supremo. Posse de Zanin prorroga a hegemonia do partido ao menos até 2029, quando poderão perder maioria. Porém, indicados por membros da legenda já proferiram importantes votos contra
Tipo Análise
Cristiano Zanin toma posse como ministro do STF (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF Cristiano Zanin toma posse como ministro do STF

A posse de Cristiano Zanin no Supremo Tribunal Federal (STF) não altera a correlação atual de membros da Corte indicados pelos últimos presidentes da República. Saiu um indicado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ricardo Lewandowski, e entrou outro. Porém, prorroga o prazo pelo qual haverá maioria de indicados petistas no tribunal. A não ser que algum dos magistrados tenha saída antecipada, os ministros escolhidos por presidentes da República do PT serão hegemônicos pelo menos até 2029.

Lula e Dilma Rousseff (PT) indicaram 7 dos atuais 11 ministros. Dos outros 4, 2 foram indicados por Jair Bolsonaro (PL), 1 por Michel Temer (MDB) e 1 por Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Indicados de cada presidente no STF

Made with Flourish

No atual mandato presidencial, Lula ainda fará mais uma indicação, com a aposentadoria de Rosa Weber, em dezembro. Mudará o presidente a fazer a indicação, mas não o partido. Weber foi indicada por Dilma. Assim, seguirão sendo sete ministros da cota petista. Só haverá mais uma indicação de ministro no atual mandato presidencial caso alguns dos atuais membros antecipe a saída.

Depois de Rosa Weber, a próxima aposentadoria compulsória de ministro será em 2028, de Luiz Fux. Ele foi indicado por Dilma. A substituição será já no mandato presidencial seguinte. Independentemente do partido do presidente que faça a escolha, o PT seguirá com maioria de indicados caso nenhum magistrado saia antes do previsto. Ainda serão pelo menos seis escolhidos por Lula ou Dilma.

A hegemonia petista tende a durar pelo menos até 2029, com a aposentadoria compulsória de Cármen Lúcia. Se a substituição dela e de Fux couber a um presidente filiado a outro partido que não o PT, e se ninguém deixar o STF antes da compulsória, então serão cinco indicações petistas e seis de presidentes de outras siglas.

Os ministros do STF

Made with Flourish

Aposentadorias

Em 2033, dois indicados petistas se aposentam compulsoriamente: Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Dias Toffoli se aposenta compulsoriamente em 2042. Zanin, em 2050. E haverá ainda a indicação de Lula para substituir Rosa Weber, cujo nome não está escolhido.

Ministro se aposentam compulsoriamente aos 75 anos.

Fidelidade a quem indicou

A indicação, porém, não significa necessariamente alinhamento político. Aliás, é bom e importante que assim seja.

Um exemplo: no julgamento que determinou a prisão de Lula, 5 dos 6 votos contra o hoje presidente foram de indicados por ele próprio ou por Dilma.

Entre as indicações petistas, foram 5 votos contra Lula e 2 a favor.

Já entre os ministros que não foram indicados por presidentes filiados ao PT, foram  3 votos a favor de Lula e 1 contra.

Foto do Érico Firmo

É análise política que você procura? Veio ao lugar certo. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?