Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
O prefeito José Sarto (PDT) foi perguntado pelo repórter Vítor Magalhães, nesta sexta-feira, 25, sobre a saída do PSD da Prefeitura de Fortaleza. Lamentou a perda, mas lembrou que a eleição será só em outubro do ano que vem e muita coisa pode mudar até lá. Então, usou uma curiosa referência para falar da situação.
"Daqui até lá, como é que diz também no interior, morrem Mateus que tange o burro e o burro". O PSD saiu da Prefeitura e assumiu, no Governo do Estado, a Secretaria da Proteção Animal do Estado, com Célio Studart, mas essa história de burro que é tangido e morre não tem nada a ver com isso. Ao menos não diretamente. Trata-se de referência a fábula de Jean de La Fontaine.
A história fala de um sujeito que promete ao rei transformar um jumento em orador. Pede adiantamento em dinheiro para as despesas e se compromete a realizar o feito no prazo de dez anos, sob pena de ser enforcado caso não tenha sucesso.
Quando alguém alerta que ele irá terminar na forca, ele retruca: "Daqui a dez anos é tanto tempo que, até lá, ou morreu o jumento, ou morreu o rei, ou morri eu".
La Fontaine conclui a história: "É de cabeça tonta com dez anos de vida fazer conta".
A fábula se chama O charlatão.
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