Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Na caravana de Evandro Leitão ao se filiar ao PT, chegarão ao partido mais oito prefeitos. Cinco deles foram eleitos em 2020 pelo PDT:
Guilherme Saraiva, prefeito de Barbalha;
Sebastiãozinho, prefeito de Chaval;
Aníbal Filho, prefeito de Granja;
Laís Nunes, prefeita de Icó e
Kennedy Aquino, prefeito de Uruoca.
Completam a lista Marcone Tavares, prefeito de Aurora, eleito pelo PSD, Italo Brito, prefeito de Nova Olinda, eleito pelo PP, e Professor Marcelão, prefeito de São Gonçalo do Amarante, egresso do Pros, que na época era oposição ao governismo estadual e partido de Capitão Wagner (hoje no União Brasil). O Pros acabou se fundindo ao Solidariedade.
A filiação de ex-pedetistas mostra a dificuldade que o senador Cid Gomes tem na empreitada de levar o grupo unido a um novo partido. Ele já havia manifestado frustração pelo fato de Evandro ter decidido para onde ir sem esperar o restante do bloco.
O partido do ministro Camilo Santana e do governador Elmano de Freitas está atraindo gestores que são ligados ao grupo de Cid Gomes e não esperaram a resolução conjunta.
A demora na definição do grupo de Cid, inicialmente prevista para 4 de dezembro, está fazendo com que políticos busquem resolver suas vidas. O bloco de saída do PDT tem hoje pouco — ou nada — a oferecer que o PT não possua.
Na última semana, os pedetistas dissidentes fizeram novos movimentos e têm reunião marcada para segunda-feira, 18. Nas conversas em Brasília, bem encaminhadas com o PSB, o partido pede mais tempo para as acomodações. Mas há integrantes do grupo cearense que não querem esperar, sob risco de perderem mais quadros ainda.
Prioridades
O Congresso Nacional teve uma quinta-feira, 14, movimentada, com a derrubada de vetos do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento e ao marco temporal para demarcação de terras indígenas. Na bancada cearense de senadores, Augusta Brito (PT) votou para manter os vetos e Luis Eduardo Girão (Novo), pela derrubada. Terceiro senador cearense, Cid Gomes não votou em nenhuma das duas.
Aliás, naquele mesmo dia, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, postou foto recebendo Cid. O senador cearense articula a saída do PDT rumo ao novo partido. Já houve várias bolas da vez e a da ocasião parece ser o PSB.
Polícia municipal
Chegou à Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados projeto para passar a chamar as guardas municipais de polícias municipais. Já foi aprovado na Comissão de Segurança Pública. Não é apenas uma bobagem como ajuda a confundir ainda mais as coisas. Os profissionais gostam. Outro dia trocaram o nome de agente penitenciário para policial penal. Os guardas vão preferir ser chamados de policiais. É uma coisa apenas honorífica e simbólica. Lembra-me a proposta que existe de transformar vereador em deputado municipal. Pura besteira.
O pior de tudo é a confusão, porque guarda municipal não é policial e não tem as mesmas atribuições. É parte dos órgãos de segurança pública, tem função de prevenção e de proteção ao patrimônio. Mas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu recentemente, não tem função ostensiva, como a Polícia Militar, nem de investigação, como a Polícia Civil.Não é menos, mas é diferente. A nomenclatura proposta confunde.
O equívoco parte da própria ideia da autoridade — que o policial é. Mas, assim como o guarda, é antes de tudo servidor público. Não existe para impor a ordem, mas para servir a população e proteger a sociedade. Existe equívoco conceitual, que vem desde a formação das corporações e perdura ainda hoje.
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