Logo O POVO+
Vai ser difícil resultado folgado no PT
Foto de Érico Firmo
clique para exibir bio do colunista

Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Vai ser difícil resultado folgado no PT

Ninguém no PT obteve dois terços do diretório, o que evitaria evar a questão a voto
ELMANO, Camilo, Cid e Izolda, quatro últimos a ocuparem Governo (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA ELMANO, Camilo, Cid e Izolda, quatro últimos a ocuparem Governo

O PT não teve acordo sobre quem será candidato, ou candidata, à Prefeitura de Fortaleza e marcou encontro para votar a questão, em 21 de abril. Mais que isso, nenhum candidato conseguiu dois terços do diretório municipal, o que evitaria levar a questão a votação. Seriam necessários para isso 31 dos 46 membros do colegiado. Sem o apoio de dois terços, o partido teria de realizar prévias, caso não tivesse havido acordo para levar a definição a um foro mais restrito, o encontro municipal. Luizianne Lins estava disposta a forçar as prévias, mas aceitou o entendimento após conversar com o governador Elmano de Freitas (PT), contrário às prévias. O processo deixou claro, porém, que ninguém alcançou 31 dos 46 integrantes do diretório. A composição do encontro será definida em votação entre os filiados. É difícil prever a correlação de forças. Mas, hoje, nada sugere um resultado folgado para qualquer dos pré-candidatos.

O palanque de quatro governadores

Elmano de Freitas participou nesta quinta, 14, de evento público, no lançamento do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação. Perguntado pelo colega Vitor Magalhães, disse que a saúde está bem. No palanque, aliás, estavam três ex-governadores: Camilo Santana (PT), Izolda Cela (PSB) e Cid Gomes (PSB).

Elmano, que se afastou algumas vezes nos últimos meses e informou ter tido quadro de pneumonia, discursou com ênfase, gritando até. A garganta pareceu estar em dia. No evento, tirou a máscara apenas para tirar fotos.

Tasso e as secretarias de Elmano

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) bateu duro na gestão de Elmano de Freitas (PT). Ele é particularmente indignado com a existência de 33 secretarias estaduais. Não apenas isso. “Teve secretaria foi criada já com nome (do secretário). 'Está precisando colocar fulano, então vamos inventar uma secretaria para ele, pros amigos”.

A forma como ele fala parece apontar para a Secretaria da Proteção Animal, de Célio Studart (PSD). Foi a última a ser criada, em agosto do ano passado. E foi entregue a um partido que estava com Roberto Cláudio (PDT) na eleição e aderiu à base.

De fato, será que o governo pensava em criar uma secretaria com esse fim e não tinha uma pessoa indicada para assumir? Ou, como diz Tasso, para atender ao PSD, criou-se uma pasta para atender a uma bandeira do deputado federal mais votado da legenda?

O rumo da Proteção Animal

Célio, aliás, voltou à secretaria no mesmo dia das críticas de Tasso. Reassumiu com o anúncio de ações da pasta. Ele havia sido empossado em 22 de agosto. Em 10 de novembro, pediu exoneração para reassumir o mandato de deputado federal. É algo comum. Deputados federais licenciados para exercer outros cargos costumam voltar à Câmara na época de apresentar emendas ao Orçamento. mas logo depois retornam aos cargos. Célio não fez isso. Esticou o período de ausência da pasta até esta semana. Até agora, ficou mais tempo fora do cargo do que dentro.

Ele deu sinais de não ter interesse em ficar longe da Câmara enquanto não tivesse algo para mostrar no governo. As novas secretarias, em grande parte, não têm nem orçamento próprio ou autonomia financeira. Célio, antes de assumir, dizia que iria para a secretaria se tivesse condições de fazer algo de fato. Ou seja, se tivesse recursos. Um órgão recém-criado demanda trabalho de estruturação. Uma burocracia que o novamente secretário parece não ter tido disposição para tocar enquanto ficava afastado do mandato em Brasília. E sem ações concretas para exibir a um setor ao qual é muito ligado e que espera muito dele.

Foto do Érico Firmo

É análise política que você procura? Veio ao lugar certo. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?